Crise Irão-EUA. Asselborn antecipa agravamento de fluxo migratório para a Europa
Crise Irão-EUA. Asselborn antecipa agravamento de fluxo migratório para a Europa
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean Asselborn, alerta para a ameaça de uma nova crise migratória na União Europeia (UE) caso se agrave o conflito entre os Estados Unidos da América (EUA) e o Irão.
Numa entrevista publicada no jornal alemão Welt am Sonntag, o chefe da diplomacia luxemburguesa lembra que há três milhões de afegãos a viver no Irão e que em caso de aumento da escalada entre Washington e Teerão esses refugiados poderão procurar refúgio na Europa.
Quanto à ameaça do Irão em ultrapassar a produção de urânio enriquecido, além do previsto no acordo nuclear, ameaça que pôs em prática esta segunda-feira, Jean Asselborn defende que Teerão deve cumprir as suas obrigações, caso contrário as relações com a UE vão piorar.
O Irão ameaçou e cumpriu hoje a ameaça feita no domingo ao produzir urânio enriquecido a 4,5%, representando um nível proibido pelo acordo internacional de 2015 sobre o seu programa nuclear. O limite estipulado no tratado internacional é de 3,67%.
Em 2015, Irão, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China, França, Alemanha e UE assinaram um acordo que estabelece limitações ao programa nuclear iraniano, a troco do levantamento das sanções internacionais.
Entretanto, em maio de 2018, os EUA abandonaram o acordo e restabeleceram as sanções contra o Irão. Como resposta, o país persa tem suspendido as suas obrigações do acordo como forma de pressionar os outros signatários a pôr fim às sanções.
HB/MP
