Covid-19 . Luxemburgo "tem das mais baixas taxas de letalidade"
Covid-19 . Luxemburgo "tem das mais baixas taxas de letalidade"
"A nossa estratégia parece estar a funcionar, mas não é o mérito do Governo, é o mérito de toda a população, porque a maioria respeita as regras de bom senso e são solidários com os mais vulneráveis", afirmou o primeiro-ministro, Xavier Bettel, numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira à tarde.
Mas a crise ainda não chegou ao fim: "não estamos ainda no fim das restrições, temos que nos manter disciplinados, para que as medidas que tomámos, não tenham servido para nada", sublinhou o primeiro-ministro luxemburguês. Ou seja "temos que seguir as regras e sair apenas quando for necessário". "No futuro com pequenos passos, vamos retomar a normalidade, mas isso não se pode fazer de um dia para o outro", sublinhou.
"Há dois factores que temos que continuar a ter em atenção", afirmou o chefe do executivo. Temos que garantir "a capacidade do serviço de saúde e das unidades de cuidados intensivos para conseguirmos dar resposta" e "a taxa de imunização da população", acrescentou. "Estamos a trabalhar em testes para obter um retrato da situação da população. Para isso, estamos em estreito contacto com cientistas e peritos ". "Não devemos pensar demasiado cedo que a crise acabou e não vai acabar amanhã", sublinhou.
De acordo com os últimos indicadores há 31 mortes a registar e 2612 infetados no Luxemburgo.
Já a ministra da Saúde, Paulette Lenert, afirmou que "o número de pessoas infectadas está a diminuir gradualmente, mas os tempos mais difíceis ainda estão para vir. Ainda não atingimos o pico", sublinhou. Depois, revelou que a média etária das vítimas mortais é de 86 anos. "Há 174 pessoas que já saíram do hospital e cerca de e 500 pessoas são consideradas curadas", acrescentou. "Já foram realizados 21.454 testes", disse Paulette Lenert. A ministra da Saúde revelou ainda que "estamos entre os países que mais testes fazem. A taxa de letalidade é de 1,1%, o que é bastante baixa", tal como o Contacto já tinha avançado. Mas "mas não devemos pensar que existe menos perigo no Luxemburgo, do que noutros lugares".
"Estamos otimistas quanto à capacidade de resposta"
Quanto aos "quatro centros de cuidados avançados estão plenamente operacionais" . A ministra sublinha que, para já, "as hospitalizações não vão diminuir. Temos que ter cuidado, mas estamos optimistas quanto à nossa capacidade de resposta", sublinhou. Estão todos "prontos e motivados para as próximas semanas, e espero que não seja tão mau como em França", disse. Paulette Lenert revelou que "chegaram recentemente três voos com muito equipamento", nomeadamente "mais 43 ventiladores", que está a ser distribuído. No que diz respeito às máscaras, "apoiamos todas as iniciativas, mas uma máscara não é uma protecção a 100%. O que realmente ajuda é ficar em casa e respeitar os limites da distância", sublinhou.
Em termos de testes, a nova política seguida é que "todas as pessoas que têm os sintomas devem ser testadas". "A nossa abordagem consiste, portanto, em testar em grande escala", confirmou. "Mas se não tiver sintomas, o teste não faz sentido", acrescentou e é sempre necessário ter uma receita médica para o fazer. No Luxemburgo, "verificámos que uma faixa etária, a dos 70-79 anos de idade, foi particularmente infectada", revelou.
Governo já está a trabalhar numa estratégia de saída
Questionado quando poderemos regressar a uma vida económica normal, o primeiro - ministro afirmou que "a economia não pode passar à frente da saúde". Xavier Bettel revelou que o Governo já está "a trabalhar numa estratégia de saída". Mas "estamos a olhar para os elementos com cautela e vamos avançar por etapas". O melhor "seria fazer uma coordenação a nível europeu".
Questionado quanto ao fato das pessoas não respeitarem as regras de segurança quando vão ao supermercado, Bettel sublinhou que "as pessoas mais velhas não têm de ir às compras todos os dias. Ir ao supermercado não é uma excursão. Devemos ir sozinhos".
Em relação às férias da Páscoa, a ministra da Saúde disse : "Não temos mensagens positivas e precisamos de proteger os vulneráveis, seguindo as instruções. Num lar de idosos, há um risco cada vez que se entra e sai. Temos de respeitar as medidas".
Máscaras "não vão ser obrigatórias"
"Não vamos tornar obrigatório o uso de uma máscara. É prematuro estabelecer condições que não estão bem pensadas. A máscara é uma falsa garantia", sublinhou o primeiro-ministro. Mas, apesar de tudo, "é melhor usar". Em termos de cumprimento de regras de segurança "foram interpeladas 180 pessoas, na quinta-feira, 2 de Abril e 60 pessoas foram multadas por não respeitarem as distâncias", acrescentou Xavier Bettel.
Pode assistir à totalidade da conferência de imprensa aqui:
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