Covid-19. Déi Lénk contra aumento do tempo de trabalho
Covid-19. Déi Lénk contra aumento do tempo de trabalho
“O governo realiza um sonho de longa data dos empregadores”. É desta forma que o partido déi Lénk (A Esquerda, em português) descreve o anunciado aumento do tempo de trabalho.
A semana de 60 horas de trabalho ou de 12 horas por dia vai afetar 14 setores de atividade. Na prática, são todos os setores que o governo considera essenciais para que o Luxemburgo continue a funcionar durante a crise pandémica. São diretamente visados os profissionais de saúde mas também os que trabalham em supermercados ou em bombas de combustível.
A alteração ao Código de Trabalho só irá vigorar durante os três meses de estado de emergência. Garantia dada pelo governo que deverá levar a votos a emenda à lei laboral ainda esta semana.
O déi Lénk compreende a necessidade de uma maior flexibilização temporária do tempo de trabalho para o setor da saúde, mas o mesmo não acontece como os outros setores, como o da grande distribuição. “Com esta medida, o governo ultrapassa claramente os limites”, contesta o partido.
Crise sanitária, crise económica e crise social. O déi Lénk quer evitar este cenário e como tal exige que se proteja a população do novo coronavírus sem sacrificar a proteção social. Entre outras medidas, o partido propõe que o Estado cubra 100% dos salários dos trabalhadores em desemprego parcial, em vez dos atuais 80%. Quer também que os despedimentos por razões económicas que sejam proibidos nas empresas que recebam subsídios públicos ao abrigo desta crise. Pede ainda que as grandes superfícies comerciais encerrem aos domingos.
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