Covid-19. As seis medidas que evitam o aumento das infeções no Luxemburgo
Covid-19. As seis medidas que evitam o aumento das infeções no Luxemburgo
Doze cientistas do Instituto Luxemburguês de Investigação Socioeconómico (Liser) analisaram as respostas económicas e de saúde à covid-19 no país, nomeadamente a evolução dos casos do novo coronavírus e as políticas adotadas. Um dos objetivos foi descobrir como controlar a epidemia durante o período de desconfinamento e no médio prazo.
O Luxemburgo é um dos países da Europa que melhor se está a portar no desconfinamento. Há mais de um mês que não há registo de mortes e a taxa de novos casos de infeção não é alarmante em comparação com outros países onde estão a surgir novos focos do vírus, como Portugal. Porém o país deve continuar em alerta máximo para evitar novos surtos da covid-19.
Perigo de efeitos incertos
E é aqui que o estudo do Liser se revela muito importante. De acordo com a investigação “a retoma da vida social e, em menor medida, a reabertura das actividades da Horesca geram efeitos mais incertos sobre a curva de infeção”, lê-se no estudo. Por isso, alertam os seus autores, “os decisores políticos devem estar preparados para enfrentar situações críticas”.
A análise conclui que existem medidas que têm de continuar a ser aplicadas constantemente pela população e fomentadas pelo Governo.
Teletrabalho
Em primeiro lugar indicam a continuação do teletrabalho. “Todos os nossos resultados de simulação indicam que se as práticas de teletrabalho terminassem tal conduziria a grandes danos epidemiológicos”. Mantendo o teletrabalho, “a curva tende a convergir para zero”.
Segue-se a abertura do setor da restauração (Horesca) em que os estabelecimentos devem “reduzir a metade a sua capacidade total ou com as apropriadas medidas de distanciamento físico”. Estas regras vão gerar “efeitos muito pequenos na curva de infeção”.
Regras na vida social
A terceira medida prende-se com a vida social, e aqui os investigadores do Liser afirmam que os resultados do estudo indicam que “a evolução do número de casos covid-19 é altamente sensível aos números de contágio fora do mercado de trabalho”. Portanto, na vida social há que “manter as medidas de higiene e elevados níveis de distanciamento físico”, os quais têm um importante impacto sobre o número de casos da covid-19” no país.
Os investigadores incluem ainda medidas adicionais, como a combinação de testes de despistagem com rastreio de contactos da pessoa infetada, sendo realizados dois testes por três meses.
No pior cenário
Se acontecer o “pior cenário” as autoridades devem então “combinar a realização de testes bi-mensal com rastreamento de contatos e medidas de quarentena”.
Estas são medidas para "cenários pessimistas" vinca o estudo. Contudo, se houver uma situação em que as taxas de infeção estejam a "aumentar rapidamente", os testes e as medidas de acompanhamento "poderão ter de ser reforçados".
Por outro lado, as medidas poderão ser suavizadas se "uma percentagem mais elevada de comportamentos recentes de distanciamento e prevenção provar ser permanente e eficaz", explicam os investigadores.
Contudo, estes cientistas do Liser dizem estar “relativamente otimistas” de que não irá acontecer um “reativar da pandemia” graças às medidas de desconfinamento implementadas em abril e maio”. Assim o fazem acreditar as “tendências observadas durante as últimas semanas”.
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