Centenas de pessoas protestam contra ataque a mesquita em Metz
Centenas de pessoas protestam contra ataque a mesquita em Metz
Foi aberto um inquérito, mas o procurador da República de Metz, Yves Badorc, disse à AFP que "nesta fase (...), não há nenhuma pista privilegiada".
"Condeno veementemente este ato de islamofobia", afirmou o presidente da câmara de Metz, François Grosdidier, no Twitter.
Segundo a prefeitura, cerca de 300 pessoas responderam ao seu apelo para "uma manifestação de apoio [à comunidade muçulmana]", marcada para este sábado às 12 horas na Place d'Armes entre a catedral e a câmara municipal.
Os manifestantes juntaram-se atrás de uma faixa onde estava escrito "Metz, cidade da tolerância", de acordo com imagens divulgadas em redes sociais.
"Esta é a primeira vez que temos um ataque a um local de culto em Metz (...) Nunca antes existiu este desejo de destruir. É um acontecimento extremamente grave", disse o governante na rádio France Bleu Lorraine Nord.
Os danos foram identificados na sexta-feira "por volta das 5h30 da manhã pelos fiéis que vieram à (sexta-feira) oração da manhã", disse à AFP Ridvan Kilinc, secretário da associação que gere o centro cultural e religioso que alberga a mesquita Merkez Camii, da federação DITIB, uma organização da comunidade turca.
Dois imãs vivem "por cima" do edifício religioso
O responsável revelou que foi apresentada uma queixa.
Três garrafas de cocktail molotov foram colocadas diante da fachada do edifício, mas apenas duas foram acesas, segundo o Ridvan Kilinc, que acrescentou que o centro "nunca" tinha sido objeto de um ataque.
As chamas escureceram ligeiramente algumas partes da frente do edifício. De acordo com o secretário, uma das garrafas foi colocada perto de um sistema elétrico com a intenção óbvia de a danificar.
O autor também terá tentado atirar um cocktail molotov parao interior da mesquita para incendiá-lo, mas falhou, afirmou Ridvan Killinc, sublinhando que os seus dois imãs "vivem por cima" do edifício religioso.
"Toda a gente está estupefacta", acrescentou, apelando à "união", a "palavra-chave da manifestação" deste sábado em Metz.
Em comunicado, o Conselho Regional do Culto Muçulmano (CRCM) da Lorena condenou vigorosamente este ato islamofóbico, e acrescentou: "Depositamos toda a nossa confiança nas autoridades policiais e judiciais para assegurar que os autores deste ato desprezível sejam encontrados e severamente punidos".
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