Camille Gira. Um ano desde a sua morte "súbita e inesperada"
Camille Gira. Um ano desde a sua morte "súbita e inesperada"
Há um ano, neste mesmo dia, o Luxemburgo ficou em choque com a morte de Camille Gira. Por volta das 17h30, o político luxemburguês participava num debate na Câmara dos Deputados, na cidade do Luxemburgo, onde defendia um projeto de lei sobre a proteção dos animais. Gira ter-se-á sentido mal e pediu para deixar o local, sendo mais tarde transportado para o hospital, onde não resistiu a uma paragem cardíaca. Nesse mesmo dia, o Governo lamentou, em comunicado, a "morte súbita e inesperada" de Camille Gira.
"Äddi Camille", disse o primeiro-ministro Xavier Bettel durante a cerimónia de homenagem ao secretário de Estado. "Camille Gira defendeu sempre a comunidade, os cidadãos e o país e viveu com os mais altos valores de solidariedade, tolerância, respeito e justiça", sublinhou Bettel.
O projeto de lei que Gira estava a defender quando se sentiu mal - uma lei em que os animais deixam de ser considerados uma "coisa" e passam a ser classificados como “seres vivos dotados de sensibilidade” - foi mais tarde aprovado por unanimidade, no dia 6 de junho de 2018.
Camille Gira tinha ingressado no Governo em dezembro de 2013, com a coligação governamental formada pelo DP, LSAP e Déi Gréng. Antes, Gira tinha assumido o cargo de deputado, em 1994, pelo partido Déi Gréng. Era um dos cabeças de lista do partido dos Verdes pelo círculo eleitoral do norte nas eleições legislativas de outubro. Entre 1990 a 2013, o secretário de Estado esteve mais de uma década à frente da comuna de Beckerich, enquanto burgomestre. Antes disso, tinha sido vereador (1982-1990).
Para além da sua carreira política, foi controlador de segurança de aviação e presidente da federação luxemburguesa de andebol, entre 2008 e 2013.
Camille Gira estava prestes a festejar o seu 60° aniversário, no dia 2 de junho de 1958. Para trás, deixou a mulher e dois filhos.
