Autarquias querem aumentar parque imobiliário público
Autarquias querem aumentar parque imobiliário público
O objetivo é claro: disponibilizar mais casas a preço acessível no Luxemburgo. A forma de lá chegar é que é menos evidente. Para isso, o Governo luxemburguês anda à procura de ideias e organizou um conjunto de encontros com autarquias para recolher sugestões, que serão incluídas no futuro Pacto para a Habitação 2.0. Da troca de ideias surgiram algumas prioridades globais: o aumento do parque imobiliário público, a simplificação e aceleração de processos, a tributação de casas que estejam vazias e a necessidade de reanimar as vilas e bairros das cidades através do incentivo ao pequeno comércio local.
De acordo com um comunicado, realizaram-se três de seis reuniões regionais. O terceiro encontro decorreu em Diekirch, onde estiveram 50 representantes comunais, a ministra da Habitação, Sam Tanson, e a ministra do Interior, Taina Bofferding. Para esta última, a habitação a preços acessíveis é o desafio mais importante do país. “Devemos enfrentá-lo com as comunas”, mantendo a qualidade do habitat e a valorização dos espaços públicos”. Também Tanson pediu ajuda às autarquias: “Precisamos que participem de forma ativa e que coloquem as vossas ideias no papel”, afirmou, citada em comunicado.
O Luxemburgo é dos países da OCDE com um dos menores parques habitacionais destinados a alojamento social. Além disso, o alerta para o problema dos elevados preços das rendas e de compra de imóveis é uma constante nos relatórios de muitos organismos internacionais, como a Comissão Europeia, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) ou Fundo Monetário Internacional (FMI). Este último voltou a referir o tema no Artigo IV dedicado ao Luxemburgo. O preço das casas está sobrevalorizado em 7,5% e o endividamento das famílias com a compra de casa é demasiado alto.
