As preocupações dos pais sobre as escolas e creches que reabrem segunda-feira
As preocupações dos pais sobre as escolas e creches que reabrem segunda-feira
Apesar de toda a polémica das petições públicas contra a reabertura das escolas do ensino fundamental por algumas semanas até às férias o Ministro da Educação, Claude Meisch manteve-se firme na sua intenção e na próxima segunda-feira, milhares de crianças regressam às aulas presenciais.
De acordo com os dados do ministério da Educação no ano letivo de 2017/2018, 49.151 alunos frequentaram o ensino fundamental no Grão-Ducado.
Em abril, as duas petições públicas que pediam ao ministro Claude Meisch que só retomasse as aulas em setembro, nomeadamente a escola primária reuniram cera de 23 mil assinaturas, ou seja quase metade dos pais do país.
De facto, esta é uma questão que desde o início dividiu os pais do Luxemburgo. “Os pais estão divididos: alguns pensam que as crianças devem continuar em casa, mas eu penso que, entretanto, a maioria deles aceita o regresso à escola”, declara ao Contacto Alain Massen, presidente da Representação Nacional de Pais do Luxemburgo (RNP). O que preocupa este representante dos pais é o sistema alternado da presença nas aulas, semana sim, semana não, para metade da turma.
“Como RNP, somos de opinião que o sistema de divisão que está a ser criado não funcionará porque é demasiado complicado com os grupos A e B e os diferentes sistemas de supervisão”, estima este representante dos pais.
Outro dos problemas que aponta é ao nível do transporte escolar, um dos locais de risco de contaminação.
Para Alain Massen, “provavelmente não haverá autocarros escolares suficientes e as crianças vão acabar por se misturar de qualquer forma”.
Prioridade aos filhos de famílias monoparentais
Também as creches vão reabrir com condições e medidas restritas. Contudo, os pais das crianças até aos três anos podem escolher ficar com os meninos em casa, e beneficiar da licença por razões familiares ou levar os meninos para a creche, isto se eles tiveram vaga.
Por seu turno, Arthur Carvas, presidente da Federação Luxemburguesa para os Serviços de Educação e de Acolhimento para as Crianças (Felsea) expressou ao Wort a sua preocupação com os filhos de certas famílias, que deveriam ser considerados prioritários.
"Queria ter a certeza de que, quando o processo de registo for retomado, os responsáveis das creches tenham o cuidado de dar prioridade às crianças de famílias monoparentais, por exemplo. Ou crianças com um ou ambos os pais a trabalhar no sector da saúde. Não esquecendo de abrir primeiro a porta aos menores de quatro anos, cujo confinamento não é fácil para eles” alertou este responsável que é também proprietário de uma creche.
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