O governo luxemburguês aprovou a utilização de marijuana em tratamentos de saúde para doenças neurológicas e oncológicas.
Doenças neurológicas e oncológicas
Aprovado medicamentos compostos por canábis
O governo luxemburguês aprovou a utilização de marijuana em tratamentos de saúde para doenças neurológicas e oncológicas.
O governo luxemburguês aprovou a utilização de marijuana em tratamentos de saúde para doenças neurológicas e oncológicas.
O primeiro-ministro Xavier Bettel sublinhou que “a canábis não é um medicamento, no entanto, pode aliviar a dor em situações de doenças crónicas ou pode aliviar alguns efeitos secundários da quimioterapia.”
No Luxemburgo, a marijuana é consumida sobretudo por fumadores, sendo muito reduzido o número de medicamentos compostos com THC, o princípio ativo, como o caso do Sativex, indicado para o alívio da rigidez muscular associada à esclerose múltipla.
Os medicamentos à base de cannabis “só vão estar disponíveis em hospitais e farmácias e só alguns especialistas podem prescrever a medicação”, garantiu Xavier Bettel.
Espera-se que a nova lei abranja doentes oncológicos ou com problemas neurológicos.
Em 2012, médico e antigo deputado pelo partido conservador ADR, Jean Colombera, respondeu em tribunal por ter administrado preparações à base de canábis a pacientes. O médico tem vindo a travar uma luta em relação à liberalização deste tipo de medicamentos para efeitos terapêuticos.
O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
Notícias relacionadas
No Luxemburgo, a venda online de medicamentos só é permitida para os produtos para os quais não é preciso receita médica.
A mensagem de Bettel surge depois das notícias da semana passada sobre a corrida às farmácias luxemburguesas para comprar iodeto de potássio, medicamento utilizado para conter os efeitos da radiação em caso de acidente nuclear.
A lei atualmente em vigor autoriza apenas a prescrição médica de canábis a doentes oncológicos, com esclerose múltipla ou com dor crónica.
Desde o dia 20 de janeiro, cerca de sete quilos de canábis foram prescritos no Luxemburgo, segundo o ministro da Saúde. A utilização da canábis para fins medicinais faz parte de um "projeto piloto" que irá durar dois anos.
A Direção da Saúde do Luxemburgo mandou hoje retirar do mercado com efeito imediato quatro lotes do medicamento EpiPen® / Epipen®Junior, devido a não conformidades no sistema de boas práticas de fabrico.
O médico de clínica geral e político luxemburguês, Jean Colombera, assume publicamente que continua a aconselhar o consumo de cannabis aos seus pacientes que sofrem de cancro. Esta posição surge numa altura em que há uma petição na página da Internet do Parlamento do Luxemburgo que exige a legalização da cannabis medicinal para doentes graves que não tenham outra alternativa de terapêutica.