Agência Europeia do Medicamento pede ao Luxemburgo que retire cinco genéricos do mercado
Agência Europeia do Medicamento pede ao Luxemburgo que retire cinco genéricos do mercado
A Agência Europeia do Medicamento (AEM) recomenda a suspensão de centenas de genéricos, dos quais cinco são comercializados no Luxemburgo. Em Portugal, há 64 medicamentos genéricos na lista negra da AEM.
A lista elaborada pela AEM é longa, mas no caso do Luxemburgo há apenas cinco medicamentos genéricos na lista da autoridade europeia. São todos comercializados pelo laboratório Mylan bvba/spr, com sede na Bélgica, e o mais conhecido é o Esomeprazol Mylan, de 20 e 40 mg, um anti-ácido para a doença de refluxo gastroesofágico e úlceras.
Mas há ainda o Repaglinide de 0,5, de 1 e de 2 mg, destinado, sobretudo, a pacientes diabéticos.
A ordem de suspensão imediata foi emitida na sexta-feira, em Londres, depois de uma inspecção realizada à GVK Biosciences, na Índia, que detectou irregularidades na forma como esta empresa conduzia os ensaios de bioequivalência a vários medicamentos que circulam na União Europeia.
Em Portugal, Espanha, bem como em outros países europeus, os organismos que regulam o sector optaram por suspender os fármacos.
No caso do Luxemburgo, o CONTACTO tentou fazer o ponto da situação junto da "Division de la Pharmacie et des Médicaments", um organismo do Ministério da Saúde, mas tal não foi possível.
Em Portugal, o Infarmed anunciou, esta quarta-feira, que a autoridade nacional do medicamento optou por acompanhar o caso e deu hoje ordem às empresas para que retirem os fármacos do mercado, remetendo a decisão final sobre a suspensão ou não dos genéricos para quando existir uma tomada de posição da União Europeia
Domingos Martins
