Acesso à habitação é a maior preocupação dos residentes do Luxemburgo
Acesso à habitação é a maior preocupação dos residentes do Luxemburgo
Habitação acessível é a maior preocupação entre os residentes do Luxemburgo , segundo o resultado do mais recente inquérito Politmonitor, realizado pelo instituto TNS/Ilres para o Luxemburger Wort e a RTL, de 7 a 14 de novembro.
Mas não é a única. De acordo com a sondagem, no geral os residentes estão mais receosas com o futuro - o seu e o dos filhos - do que estavam em maio deste ano.
Habitação
No primeiro lugar na tabela surge o receio em relação ao dinheiro gasto com a habitação, que abrange 75% da população, sendo que os jovens são os mais preocupados (78%), em contraste com os maiores de 65 anos (68%).
Esta semana, o município de Dudelange anunciou um projeto de arrendamento acessível para jovens para combater os valores altos dos quartos (que podem chegar aos 1.200 euros numa casa para 13 pessoas). Numa quinta transformada em casa, por exemplo, o arrendamento deverá custar 300 euros, com despesas, independentemente do tamanho do quarto.
Quem já enfrenta problemas em pagar as contas demonstra maior preocupação (83%), mas mesmo aqueles que não enfrentaram ainda problemas de dinheiro demonstram-se também inquietos com o tema (71%).
Energia e inflação
A escalada de preços da energia e a inflação a aumentar são, naturalmente, outra das preocupações mais comuns entre os residentes. Se, em maio, 62% da população estava reticente em relação a esta questão, esse valor subiu para 66% em novembro. Para tal, contribui a chegada do inverno e a crescente tensão em torno do fornecimento de gás à Europa, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro.
Futuro das crianças
O futuro das crianças surge como a quinta maior preocupação dos residentes e teve um aumento de seis pontos percentuais em apenas cinco meses: de 56 para 62%.
Saúde
Na saúde, um dos temas com maior escrutínio desde o início da pandemia da covid-19, em 2020, 76% dos inquiridos revelam confiança na qualidade dos cuidados e dois em cada três (64%) consideram que existe um bom acesso aos cuidados médicos. Este é um dos aspetos positivos a realçar da sondagem Politmonitor.
Por outro lado, a grande maioria (83%) dos inquiridos está preocupado com a falta de pessoal no setor, que também se reflete em longos tempos de espera nos hospitais.
A preocupação com doenças mentais também aumentou de forma significativa, de 36% em maio para 44%, em novembro.
Justiça e coesão social
Atualmente o Luxemburgo é uma sociedade justa? A esta pergunta, 50% das mulheres afirmam que não, enquanto a percentagem de homens que considera o mesmo desce para os 42%.
Quarenta e três por cento dos jovens (18 aos 24 anos) também considera que há injustiça na sociedade luxemburguesa, mas a maior crítica surge nas faixas etárias dos 45-54 e 55-64 anos, ambos com uma percentagem de 58%.
A preocupação em relação à progressão da extrema-direita também aumentou, de 34% para 38% nos últimos cinco meses.
Em relação à coesão social, os resultados são claros: 57% dos inquiridos afirma que o grau de coesão é baixo, e apenas 1% afirma o contrário, que é forte.
Este é um aumento de sete pontos percentuais em relação a maio, de 37% para 44%, o que pode antever alguma tensão social no futuro.
De todas as questões levantadas, aquela que teve um maior aumento em cinco meses foi a importância da segurança, com um aumento de 13% - de 30% para 43%. Para este resultado podem contar a onda de assaltos violentos, violência juvenil, casos de homicídio por resolver que têm acontecido no Grão-Ducado nos últimos meses.
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