Turquia. “As pessoas não têm nada. É duro ver isto”, diz bombeiro luxemburguês
Turquia. “As pessoas não têm nada. É duro ver isto”, diz bombeiro luxemburguês
Dois dos luxemburgueses que estão na Turquia no âmbito da operação de intervenção humanitária por causa dos violentos sismos que sacudiram o sul do país e o norte da Síria falaram esta manhã aos jornalistas por videoconferência.
Joé Beckius e Alain Lang, da equipa de intervenção humanitária da Corporação Grã-Ducal de Incêndio e Socorro (CGDIS) estão em Hatay, no sul da Turquia. Questionado pela Rádio Latina sobre aquilo que mais o chocou desde que chegou ao local, Joé Beckius falou na imensa destruição que deixou sobreviventes sem absolutamente nada.
Alain Lang diz que a cada passo se veem objetos pessoais entre as ruínas. A lembrança constante das vítimas dos sismos.
Esta não é a primeira experiência de Alain Lang em países atingidos por catástrofes naturais. Em 2021, foi destacado para o Haiti. Hoje, em declarações aos jornalistas, disse que a situação na Turquia é incomparável. "Nunca vivi algo assim. Já estive no Haiti, 2021, após o terramoto. E não há comparação. No Haiti, ainda havia algumas infraestruturas. Lá, os danos eram graves, mas não são comparáveis com o que aqui se vê. Nós estamos a viver do que trouxemos, dos nossos aprovisionamentos. Tentámos encontrar comércios e não há nenhum aberto. Há talvez uma ou duas bombas de gasolina a funcionar nas redondezas. Mas já não há alimentos. Quem não está aqui não consegue imaginar o que aqui se passa", relatou.
Sobre as necessidades no terreno, fraldas, sacos-cama, roupa e tendas são alguns dos artigos mais urgentes, que testemunham uma situação sanitária extremamente difícil.
Para já, o Luxemburgo está a ajudar sobretudo em matéria de comunicações. De acordo com a CGDIS, o país deverá também contribuir com material médico, algo que está a ser analisado pelo Ministério da Saúde.
Artigo: Diana Alves | Foto: AFP

