Teletrabalho. Patrões querem dois dias (ou mais) por semana
Teletrabalho. Patrões querem dois dias (ou mais) por semana
A sondagem foi realizada pela União das Empresas Luxemburguesas (UEL), entre agosto e setembro do ano passado. Mais de mil empresas participaram, representando cerca de 39% dos trabalhadores do Grão-Ducado.
“Os dados recolhidos colocam em evidência uma necessidade dos empregadores que atualmente autorizam o teletrabalho (que são mais de metade do total das empresas sondadas) de poder permitir mais dias de teletrabalho por semana, sem implicações fiscais ou ao nível da segurança social, de modo a responder aos pedidos dos seus empregados nesta matéria”, pode ler-se num comunicado da UEL.
Segundo o estudo, 40% das empresas sondadas que autorizam o trabalho remoto indicam já ter perdido um potencial empregado por não proporem mais dias de trabalho a partir de casa, e acrescentam que esse número está em “constante aumento”.
A UEL conclui que 83% das empresas onde o teletrabalho é permitido gostariam de aumentar para dois (ou mais) o número de dias de teletrabalho por semana. Um número que é “relativamente uniforme, independentemente do setor de atividade ou da dimensão das empresas”, refere a organização patronal.
Com estes dados em pano e fundo, a União das Empresas pede ao Governo que reforce as conversações com os países vizinhos e depois ao nível europeu, para que os trabalhadores transfronteiriços possam recorrer ao trabalho remoto mais dias por semana.
Parlamento debate “teletrabalho para todos” este mês
No próximo dia 25, o Parlamento vai debater uma petição que reivindica dois dias de trabalho remoto por semana para todos. Uma petição publica que foi assinada por mais de 13.800 pessoas.
A iniciativa em causa foi lançada por Katia Litim, que defende dois dias de ‘homeoffice’ por semana para todos os trabalhadores, sejam residentes no país ou do outro lado da fronteira.
Texto: Diana Alves | Foto: Shutterstock
