Responder às sondagens do Statec é obrigatório. Lei prevê multas
Responder às sondagens do Statec é obrigatório. Lei prevê multas
Não é só no Luxemburgo, mas também por cá a participação nos estudos do Instituto Nacional da Estatística (Statec) é obrigatória. A lei prevê multas para aqueles que não responderem aos inquéritos, e elas vão dos 251 aos 2.500 euros.
Entrevistado pela Rádio Latina, Marc Pauly, da direção do gabinete de estatísticas, explicou que a obrigatoriedade não é coisa recente. Em 1945 já era assim. A razão é simples: se não houver um número suficiente de participantes, os estudos acabam por não ser representativos da população.
E a dimensão do Luxemburgo não ajuda, segundo Claude Lamboray, da unidade de metodologia.
Pauly explica que os dados estatísticos estão na base de muitas decisões políticas, e sublinha que participar nos estudos é um ato de civismo.
Questionado sobre se as multas prevista por lei são aplicadas, Marc Pauly diz que o Statec “prefere convencer, em vez de reprimir”. Porém, no que toca a empresas, admite que já houve queixas.
Censos têm a maior participação. Temas delicados a menor
A taxa de participação nos estudos varia consoante os temas. Nos censos, por exemplo, ascende aos 95%. Nas empresas é também elevada, oscilando entre os 80% e os 90%. Mas, quanto mais delicado for o assunto, menor é o número de pessoas a responder. A percentagem de participantes num inquérito sobre violência, por exemplo, cai para os 40%.
De acordo com os responsáveis, a pandemia da covid-19 também impactou os estudos estatísticos. Apesar de não avançar com números, Pauly indica que a taxa de participação sofreu uma quebra desde a pandemia.
O instituto de estatística realiza entre 30 a 40 sondagens por ano. Os participantes são selecionados aleatoriamente, obedecendo a um critério de representatividade.
Artigo: Diana Alves | Foto: Lex Kleren / arquivos

