“No Luxemburgo os taxistas são tratados abaixo de cão”
“No Luxemburgo os taxistas são tratados abaixo de cão”
“No Luxemburgo, os condutores de táxi são tratados abaixo de cão”. Quem o diz é Paulo Rocha, taxista no Luxemburgo e um dos ouvintes que participou no Linha Aberta desta quinta-feira sobre a situação no setor dos táxis. O programa foi para o ar numa altura em que o tema voltou à ribalta depois de o ministro da Mobilidade e Obras Públicas, François Bausch, ter anunciado que pretende criar uma plataforma semelhante à da Uber, gerida pelo Estado
Na sua intervenção, na edição de hoje do Linha Aberta, Paulo Rocha destacou que os taxistas apenas estão a fazer o seu trabalho e exigiu mais respeito quer por parte do ministério, quer pela polícia. "Não somos criminosos. Estamos aqui para trabalhar", diz.
Para Paulo Rocha, a culpa dos preços elevados não é nem dos condutores, nem das empresas, mas sim do ministério. O taxista considera que o problema seria facilmente resolvido se o Governo estipulasse um preço fixo.
Outro dos participantes no Linha Aberta foi Salvador Morais, taxista há 17 anos, que quis lembrar que os condutores de táxi não têm salário fixo e que muitos viveram uma situação extremamente difícil durante a pandemia. Relata ainda algumas das dificuldades da profissão, que diz ser “mais perigosa do que a de polícia”.
Salvador Oliveira também defende tarifas fixas no setor e antecipa muita confusão com a abolição das diferentes zonas, prevista na reforma da lei que está a ser preparada por François Bausch.
A situação no setor dos táxis foi o tema em debate no Linha Aberta de hoje, o programa de opinião da Rádio Latina. O ministro da Mobilidade está a preparar uma reforma da lei de 2016, que veio, entre outros aspetos, liberalizar os preços. O objetivo era tornar as tarifas mais atrativas, mas o objetivo parece ter falhado. Bausch pretende agora criar uma plataforma nacional semelhante à da Uber e que será gerida pelo Estado.
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