Covid-19. Mais de 10.000 pessoas inscritas na reserva sanitária
Covid-19. Mais de 10.000 pessoas inscritas na reserva sanitária
Há mais de 10.000 pessoas inscritas na reserva sanitária, criada no âmbito da pandemia da covid-19. O número foi divulgado à Rádio Latina pelo Ministério da Saúde, que frisa que isto não quer dizer que todas estas pessoas estão imediatamente disponíveis para apoiar o Estado na gestão da crise covid-19.
"Em caso de falta de recursos, são enviados pedidos digitais às pessoas inscritas nas nossas bases de dados, selecionando os perfis procurados. Apenas as pessoas interessadas na nossa procura, e que tenham respondido, são diretamente contactadas", acrescenta o ministério.
Questionado sobre se o número de pessoas inscritas na base de dados é suficiente, o gabinete de Paulette Lenert afirma que, "até agora, a reserva sanitária conseguiu fornecer o pessoal necessário para os centros de vacinação, 'contact tracing' ou para as entidades externas", como lares de idosos.
Sobre os perfis dos profissionais a quem o Governo já recorreu, o ministério informa que para os centros de vacinação foram chamados "sobretudo enfermeiros, mas também médicos e fisioterapeutas". No caso do serviço de 'contact tracing', os perfis "são muito mais variados", ao passo que, nos lares de idosos, por exemplo, trata-se essencialmente de auxiliares e enfermeiros.
Profissionais em situação de pré-reforma podem continuar a trabalhar
Numa altura em que as infeções pela covid-19 aumentam de semana para semana, a situação nos hospitais parece continuar controlada. Mesmo assim, o Executivo decidiu prolongar até ao fim do ano a medida excecional que dá aos profissionais em situação de pré-reforma a possibilidade de voltarem ao ativo.
O projeto de lei sobre a matéria foi votado e aprovado no final de junho. E, apesar, da situação estável nos estabelecimentos hospitalares, o texto legislativo, do ministro do Trabalho, Georges Engel, sublinha que "a falta de pessoal qualificado no setor da saúde deverá perdurar ou até mesmo aumentar nos meses que aí vêm".
De acordo com o Governo, a possibilidade de recorrer a profissionais em situação de pré-reforma permite não só ter mais mão de obra qualificada disponível, mas também assegurar os tempos de descanso e os períodos de férias dos trabalhadores do setor. Profissionais que "trabalham há muitos meses sob condições muito difíceis", pode ler-se no projeto de lei.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde divulgados agora à Rádio Latina, também há profissionais em situação de pré-reforma na reserva sanitária, embora representem menos de 10% do total de inscritos.
Como aderir à reserva sanitária
As inscrições na reserva sanitária podem ser feitas a partir do site de ofertas de emprego do Governo: govjobs.public.lu. Aí, o interessado deve selecionar a sua profissão, sendo depois redirecionado para o respetivo formulário de inscrição no MyGuichet.
Devem inscrever-se apenas novos voluntários, e não aqueles já inscritos no início da pandemia. Depois de registados, os profissionais de saúde vão sendo contactados em função das necessidades verificadas no terreno.
Quanto a contratos, estes profissionais podem optar, por exemplo, por um contrato a prazo, uma convenção de voluntariado com direito a um subsídio único ou uma convenção de voluntariado sem remuneração.
A falta de médicos e outros profissionais da saúde não não é um problema novo no Luxemburgo, mas o assunto tornou-se particularmente preocupante durante a pandemia, levando o Executivo a criar a primeira reserva sanitária do país e a apelar aos profissionais de saúde que se alistassem.
(Diana Alves)
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