Cerca de 170 luxemburgueses em Lisboa para reforçar laços económicos com Portugal
Cerca de 170 luxemburgueses em Lisboa para reforçar laços económicos com Portugal
"O nosso mar pode ser o vosso", disse o presidente Marcelo. Portugal e Luxemburgo celebram 131 anos de relações diplomáticas e amigáveis no próximo dia 21 de maio e esta é a altura certa para impulsionar laços numa área vital: a economia. As relações económicas entre os dois países "estão aquém do desejado" e "muito mais pode ser feito”, incentivaram o Grão-Duque Henri e o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no primeiro Fórum Económico Portugal-Luxemburgo que decorreu esta quinta-feira, no Hotel Ritz, em Lisboa.
O impulso dos laços económicos foi o grande objetivo da visita de estado dos Grão-Duques a Portugal entre 11 e 13 de maio. Na comitiva luxemburguesa, além dos ministros das finanças, economia, e da família vieram também 120 empresários e especialistas para promover as relações económicas entre os dois países. No total, a comitiva foi composta por 170 pessoas, a maior a Portugal e internacionalmente, desde a pandemia. Os empresários repartiram-se em missões entre Lisboa, a maioria e Porto.
Na capital portuguesa reuniram-se hoje com congéneres portugueses no primeiro Fórum económico entre os dois países. Uma ocasião para cada país dar a conhecer as suas vitalidades e avanços nas áreas mais promissoras e importantes nos nossos dias como a economia digital do futuro, o espaço, o turismo e eventos empresariais e construção sustentável. Sempre na ótica de soluções viáveis e inovadoras para melhorar a qualidade do planeta Terra.
No Hotel Ritz, cerca de 150 empresários e empreendedores dos dois países das mesmas áreas, e sempre na vertente de soluções sustentáveis para o planeta, puderam conhecer-se e discutir interesses e futuras parcerias de negócios e oportunidades. Uma aposta maior face à crise climática e ambiental, à crise pandémica e a atual situação de guerra na Ucrânia.
"Não há plano B" para o planeta
"Não há plano B" para o planeta, como fizeram questão de vincar os ministros das Finanças e Economia do Grão-Ducado, Yuriko Backes e Franz Fayot nos seus discursos desta manhã. A guerra na Ucrânia revelou uma nova realidade: a necessidade de investir em energias verdes para substituir os combustíveis fósseis, como o petróleo.
É na "sustentabilidade" e na "diversidade", apostando no que de melhor cada país tem ao nível da inovação e do desenvolvimento que o caminho para o maior sucesso económico tem de ser traçado, frisaram os representantes dos dois países. Um caminho onde as sinergias entre Portugal e Luxemburgo podem impulsionar o progresso.
Também o discurso do Grão-Duque Henri foi voltado para o futuro: "Sob a bandeira da transformação verde e digital e do crescimento sustentável, estou confiante de que os nossos países se podem unir para encontrar soluções inovadoras". Assim, no seu entender, o encontro em Lisboa representa um "verdadeiro marco para o desenvolvimento das relações comerciais e de investimentos cruzados".
No seu discurso, o líder da Casa Real deixou também palavras de apreço para a comunidade portuguesa no Luxemburgo: "A contribuição dos imigrantes portugueses para o desenvolvimento económico do Luxemburgo é notável e gostaria de agradecer a todas as mulheres e homens que contribuíram para este enorme esforço". Agora há que aproximar ainda mais os dois países através dos laços comerciais.
"Uma nova era" na ligação Portugal-Luxemburgo
Marcelo Rebelo de Sousa reforçou as palavras do seu convidado, chefe de Estado luxemburguês vincando que o segundo dia da visita de Henri representa “uma nova era” na ligação Portugal-Luxemburgo. O Luxemburgo é um dos países mais ricos e com maior desenvolvimento na Europa, o seu centro financeiro é um dos líderes europeus. Isto, a par com a aposta nos últimos anos no desenvolvimento nas áreas do futuro, "a economia digital, as comunicações tecnológicas e as finanças verdes", vincou o Grão-Duque Henri. Grandes atrativos para impulsionar o interesse dos parceiros portugueses.
Marcelo Rebelo de Sousa promoveu as riquezas do seu país que se tornou num polo de inovação tecnológica de vanguarda, berço de inúmeras 'start ups' de sucesso e território atrativo para tantos empreendedores estrangeiros, vindos também do Luxemburgo. Além do "clima, das boas infraestruturas e boa qualidade de vida" que tanto atraem os estrangeiros. Mas há ainda uma riqueza maior: o mar.
"O nosso mar pode ser o vosso", ofereceu o presidente português ao parceiro luxemburguês, lembrando as potencialidades dos oceanos para a economia azul, a economia do mar sustentável. Um capital natural português por onde Portugal e Luxemburgo podem navegar juntos em prol do desenvolvimento económico e de um futuro melhor para ambos os países.
A visita de Estado dos Grão-Duques a Portugal esteve inicialmente agendada para a primavera de 202o, tendo adiada por duas vezes devido à pandemia.
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