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Venezuela diz ter petróleo que o mundo necessita e acusa Europa e EUA de suicídio económico
Economia 2 min. 06.06.2022 Do nosso arquivo online
Energia

Venezuela diz ter petróleo que o mundo necessita e acusa Europa e EUA de suicídio económico

Nicolás Maduro num programa de televisão transmitido a partir de um bairro de Caracas, capital venezuelana, a 1 de junho de 2022.
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Venezuela diz ter petróleo que o mundo necessita e acusa Europa e EUA de suicídio económico

Nicolás Maduro num programa de televisão transmitido a partir de um bairro de Caracas, capital venezuelana, a 1 de junho de 2022.
Foto: Jhonn Zerpa/AFP
Economia 2 min. 06.06.2022 Do nosso arquivo online
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Venezuela diz ter petróleo que o mundo necessita e acusa Europa e EUA de suicídio económico

Lusa
Lusa
Maduro acusou Europa e Estados Unidos de cometerem um suicídio económico ao sancionar a Rússia no âmbito da invasão da Ucrânia.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no domingo que o país tem o petróleo que o mundo necessita e acusou Europa e Estados Unidos de cometerem um suicídio económico ao sancionar a Rússia no âmbito da invasão da Ucrânia.

"O petróleo que o mundo necessita para funcionar está aqui na Venezuela", disse. Nicolás Maduro falava ao canal de televisão Telesur, no qual explicou ainda que "a Venezuela tem a quarta maior reserva mundial de gás", estando a avaliar o que poderá fazer para ter "a terceira ou a segunda".

"Temos uma impressionante faixa de gás nas Caraíbas, no norte da Venezuela. Todo o gás de que necessitem", disse, sublinhando que toda a América do Sul é uma potência em gás e petróleo. No entanto, insistiu que "o mundo tem de se livrar da relação baseada em chantagem, ameaças, coerção e em sanções".

"Vejam o que estão a fazer com a Rússia. Sancionam a Rússia e todas as sanções contra a economia russa regressam contra os Estados Unidos, a Europa e o mundo. É o suicídio económico que a Europa e os Estados Unidos estão a cometer, sancionando e perseguindo a Rússia, porque a Rússia é uma potência económica, tecnológica e financeira", disse o governante.


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Nicolás Maduro disse ainda que "o mundo tem de abandonar, principalmente o mundo do Norte, a prática da coação, das sanções e do bloqueio", e recordou que há mais de 60 anos que o povo de Cuba é perseguido de maneira cruel e criminosa.

Por outro lado, explicou que Washington e Caracas têm dado passos para restabelecer as relações bilaterais entre a Venezuela e os Estados Unidos, mas que o seu Governo exige o levantamento de todas as sanções internacionais.

"Os primeiros passos foram realmente dados para ter comunicação com o Governo dos EUA (...) Em 5 de março recebi uma comissão enviada pelo Presidente Biden no Palácio Miraflores, tivemos quase duas horas de conversações e desde então uma série de passos foram dados", disse Nicolás Maduro.

Segundo Maduro, esses passos decorrem, "às vezes, lentamente, às vezes muito lentamente, às vezes menos lentamente". "Há uma comunicação permanente e isso é importante", sublinhou.


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"Temos exigências muito claras: que sejam levantadas todas as medidas cruéis e criminosas de sanções contra a economia e sociedade venezuelanas, mas não podemos esperar que isso aconteça de um dia para o outro. Os primeiros passos estão a ser dados", sublinhou o chefe de Estado.

O Presidente da Venezuela confirmou que, "há uma semana, os EUA deram alguns pequenos, mas significativos passos, ao conceder licenças à Chevron, à ENI de Itália e à Repsol [de Espanha] para iniciarem os processos para produzir petróleo e gás na Venezuela para posterior exportação para os seus mercados naturais". "São passos leves, pequenos e como eu disse a essa comissão [dos EUA], a Venezuela tem a primeira reserva petrolífera internacional certificada a nível mundial", frisou.

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Raquel Ribeiro
@Rodrigo Cabrita