Quase um terço das empresas do setor da manufatura não tem pessoas qualificadas suficientes para trabalhar.
Segundo um comunicado da Câmara dos Ofícios (Chambre des Métiers, em francês), o problema já subsistia antes da pandemia da covid-19, mas piorou entretanto.
Sobretudo as empresas do setor da construção não encontram trabalhadores suficientes. É também neste setor que mais se sente a falta de matérias-primas.
De acordo com a Câmara dos Ofícios, o impacto da pandemia, a guerra na Ucrânia e a inflação elevada fazem com que as empresas tenham cada vez mais dificuldades em manter os seus preços, diminuindo a sua margem.
No primeiro trimestre deste ano, 51% das empresas deram a indicação de que já tiveram de aumentar os preços, sendo que 64% das empresas planearam fazê-lo no segundo trimestre de 2022.
O organismo relembra que a pandemia ainda não acabou e que muitas empresas têm de enfrentar certas consequências, como a falta de trabalhadores que estão infetados.
O recente aumento de casos de infeção na Ásia, nomeadamente na China, também tem perturbado as cadeias de abastecimento.
A Câmara dos Ofícios alerta para o aumento das despesas relacionadas com o pessoal, agravada por uma forte penúria de mão de obra qualificada que acaba por exercer uma “pressão constante” nos salários.
O aumento do salário mínimo a 1 de janeiro de 2021 está longe de gerar consenso. Desta vez a medida é criticada Câmara do Comércio e a Câmara dos Ofícios.
A Disney anunciou esta quarta-feira que vai despedir cerca de 28.000 trabalhadores dos seus parques de diversão, cruzeiros e outros eventos nos Estados Unidos devido à crise financeira causada pela pandemia de covid-19.
O número de empresas que se dedicam a actividades que implicam trabalho manual subiu 85% nos últimos 25 anos (entre 1990 e 2015). De acordo com um relatório da Chambre des Métiers, o número de empresas é de 6.890. Relativamente a 2014 houve um aumento de 4,4%, o que significa que foram criados mais 1.391 negócios.