UEL não concorda com aumento do salário social mínimo
UEL não concorda com aumento do salário social mínimo
A União das Empresas Luxemburguesas (UEL) declara-se “estupefacta” com a decisão do Governo de aumentar o salário social mínimo de 2,8% a partir de 1 de janeiro de 2021.
A União das Empresas Luxemburguesas (UEL) declara-se “estupefacta” com a decisão do Governo de aumentar o salário social mínimo de 2,8% a partir de 1 de janeiro de 2021.
Segundo a UEL, no contexto atual de crise económica um tal aumento “não é sustentável”.
A organização defende que este aumento do salário social mínimo “não só vai destruir os empregos existentes, mas também impedir a criação de novos postos de trabalho”.
A UEL fez as contas e diz que um aumento de 2,8% significa mais 60 milhões de euros que as empresas luxemburguesas têm de desembolsar.
Para além disso destaca que “este aumento vai ter sobretudo um impacto nos setores que empregam maioritariamente trabalhadores remunerados com o salário mínimo”. Ora, são justamente esses setores, como a Horesca e o comércio, que mais padecem deste crise económica.
O anúncio do Governo de compensar as empresas que beneficiam do plano de recuperação com 500 euros por trabalhador que recebe o salário mínimo até ao final do mês de junho, é segundo a UEL um pequeno consolo, já que os custos salariais ligados a este aumento ficam para além da crise.
Por estas razões, a União das Empresas Luxemburguesas reivindica que o projeto de lei que estipula o aumento do salário mínimo seja, imediatamente retirado, e não vá a votos no Parlamento.
Os representantes do patronato referem, em comunicado, que, apesar de o aumento automático de 2,5% nos salários e pensões, a partir de 1 de outubro, melhorar o poder de compra dos cidadãos, vai prejudicar a competitividade das empresas.
Não há aumentos salariais para os trabalhadores não qualificados. Não importa a antiguidade, ganham o mesmo salário mínimo que quem acaba de chegar. Uma petição pública e a OGBL reivindicam alterações.
O aumento do salário mínimo a 1 de janeiro de 2021 está longe de gerar consenso. Desta vez a medida é criticada Câmara do Comércio e a Câmara dos Ofícios.
A recém eleita secretária-geral da central sindical OGBL fala sobre o mercado laboral no Luxemburgo e sobre o facto de muitos trabalhadores ainda terem medo de se sindicalizar. Aquela que deverá ser a futura presidente da OGBL considera que é altura de reduzir o número de horas trabalhadas e defende que um aumento de cem euros no salário mínimo não chega. Back refere ainda o momento crucial para os sindicatos, as eleições sociais em março de 2019 e as relações com o LCGB. “Teremos guerra eleitoral durante sete meses”, promete.
Os países da moeda única conseguiram resistir ao impacto económico provocado pela guerra na Ucrânia e pela subida da inflação, mas para 2023 as previsões não são otimistas.
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