UE e zona euro deverão entrar em recessão no final do ano
UE e zona euro deverão entrar em recessão no final do ano
Esta sexta-feira, Bruxelas ajustou ainda mais para baixo as suas previsões económicas para a Europa, numa altura em que se torna mais clara a recessão esperada no final do ano e as expectativas de inflação crescem de forma acentuada devido ao aumento dos preços da energia, ligado à guerra na Ucrânia.
"A UE, a zona euro e a maioria dos países-membros deverão entrar em recessão no último trimestre deste ano", prevê o executivo com sede em Bruxelas em comunicado.
Embora espere a retoma do crescimento na primavera, a UE reviu drasticamente a sua previsão de progressão do PIB para 2023 para apenas 0,3% para os países que partilham a moeda única, em comparação com os 1,4% anteriormente esperados.
Isto deve-se às consequências da invasão russa da Ucrânia, que afetou a economia global, mas particularmente a Europa.
"A UE é uma das economias avançadas mais afetadas, devido à sua proximidade geográfica da zona de guerra e à sua forte dependência das importações de gás da Rússia", vincou a Comissão Europeia.
Esperado pico de preços no final de 2022
"A crise energética está a corroer o poder de compra das famílias e a pesar na produção. Os indicadores de confiança caíram bruscamente", afirmou o executivo. Como resultado, "os números esperados para 2023 são significativamente mais baixos para o crescimento e mais altos para a inflação."
Bruxelas reviu em alta a sua previsão para a inflação da zona euro em 2023 para 6,1%, contra apenas 4% anteriormente, mas espera que os aumentos de preços voltem a descer após um pico no final de 2022.
Para 2022 como um todo, Bruxelas espera que a inflação seja superior aos 8,5% esperados, em comparação com 7,6% anteriormente.
"A incerteza permanece excecionalmente elevada" devido à evolução imprevisível da guerra, advertiu o Comissário da Economia da UE, Paolo Gentiloni, numa conferência de imprensa. "O risco é sobretudo de números ainda piores", disse.
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