UE convoca reunião de ministros para discutir preços da energia
UE convoca reunião de ministros para discutir preços da energia
A República Checa, que detém a presidência rotativa da União Europeia (UE), convocará a reunião para debater medidas "concretas" para enfrentar a crise energética, na sequência de um acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta sexta-feira o primeiro-ministro Petr Fiala.
O líder checo não elaborou sobre potenciais novas medidas, mas no início desta semana disse que irá discutir possíveis limites de preços com o chanceler alemão Olaf Scholz na segunda-feira. Os checos e alguns outros membros do bloco apelam a uma abordagem política comum, já que, a nível individual, os países não são capazes de suportar os custos energéticos crescentes com medidas locais.
Ajuda prevista pode ser insuficiente
A Europa está a braços com a pior crise energética das últimas décadas, com o aumento dos custos do gás e da eletricidade a impulsionar a inflação, minando o valor do euro e ameaçando arrastar as economias para a recessão, uma vez que a Rússia apertou os fornecimentos desde a sua invasão da Ucrânia há seis meses.
A incapacidade de conter a crise pode favorecer a agitação social e convulsões políticas, se a crise de abastecimento levar a apagões e casas frias este inverno. Os políticos europeus já reservaram cerca de 280 mil milhões de euros para aliviar as consequências do aumento dos preços da energia para as empresas e os consumidores, mas a ajuda pode ser insuficiente face à escala da crise.
O Ministério da Indústria checo disse que está à procura de uma data específica para a reunião de emergência e quer convocá-la "o mais rapidamente possível".
França rejeita limites aos preços de energia
No início desta semana, França reagiu com ceticismo à ideia de estabelecer limites aos preços de energia, dizendo que a sua situação é diferente da de outros países europeus graças às medidas governamentais que oferecem proteção contra a inflação.
Os preços da energia estão a bater recordes quase diariamente à medida que a Rússia constringe o fornecimento de gás natural antes do período crucial de aquecimento no inverno. Em França, a eletricidade para o próximo ano subiu mais de 1.000 euros nesta sexta-feira, um valor dez vezes mais alto que o que havia sido registado no ano passado.
Os governos europeus começaram a limitar a utilização de energia. A Alemanha, por exemplo, proibiu a iluminação exterior dos edifícios e decretou a redução de temperaturas do aquecimento de espaços interiores. No Reino Unido, as faturas deverão disparar em outubro, depois de o regulador ter aumentado o limite de preços.
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