Comissário quer mais empregos nas instituições europeias no Luxemburgo
Comissário quer mais empregos nas instituições europeias no Luxemburgo
É importante que as instituições da UE possam atrair pessoal suficiente para o Luxemburgo, afirmou Johannes Hahn, o Comissário da UE responsável pelo orçamento de recursos humanos ao Luxembourg Times. O responsável foi questionado à margem de um evento sobre os problemas em atrair para o país funcionários da UE. "Está sempre no topo da agenda ter pessoas bem equipadas e treinadas".
Desde há vários anos que as instituições europeias têm tido dificuldades em atrair pessoal para o Grão-Ducado visto que os trabalhadores recebem no Luxemburgo o mesmo salário que receberiam em Bruxelas, onde o custo de vida é mais barato. No Grão-Ducado os elevsdos custos de habitação são um entrave à vinda de mais pessoas.
Hahn tem estado envolvido em discussões entre a Comissão Europeia e as instituições da UE no Luxemburgo. Ambos começaram recentemente a intensificar as conversações, na esperança de encontrar uma solução até ao final do ano para atrais mais gente para o país.
O Luxemburgo assume um papel importante como uma das 'capitais' das instituições europeias, acolhendo o Tribunal de Justiça Europeu, o Tribunal de Contas Europeu, o Banco Europeu de Investimento e partes do Parlamento Europeu e da Comissão. Todas estas instituições enfrentam atualmente a relutância do pessoal em mudar-se para o Luxemburgo para trabalhar.
Numa carta recente a Hahn, o Tribunal de Contas Europeu descreveu o problema como "palpável", dizendo que alguns trabalhadores em empregos de grau inferior, tais como pessoal administrativo e de TI, ganham "abaixo do salário mínimo no Luxemburgo".
"É sempre um assunto para nós", disse o Comissário ao Luxembourg Times. Uma das opções colocadas em cima da mesa na última reunião foi a possibilidade de conceder um subsídio de alojamento aos novos trabalhadores que se situam na parte mais baixa da grelha salarial, disse ao Luxembourg Times.
Mas alguns mostraram-se céticos quanto à possibilidade deste subsídio, sobretudo porque as instituições procuram sobretudo recrutar quadros especializados, que auferem mais do que os salários de entrada.
O recrutamento na nova agência de combate à fraude da UE, a Procuradoria Europeia (EPPO), que se instalou no Luxemburgo em 2020, foi alegadamente bloqueado no mês passado depois de a Comissão Europeia se ter recusado a libertar um financiamento de 7,3 milhões de euros.
Num relatório do EUobserver citado pela Procuradoria Europeia é referido que a CE estaria a reter o financiamento adicional, mas recusou-se a comentar as razões para tal. O financiamento destinava-se a contratar pessoal especializado, como investigadores financeiros, analistas de casos, escriturários e peritos jurídicos.
(Artigo original publicado na edição inglesa do Luxemburger Wort.)
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