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Residentes no Luxemburgo precisam de trabalhar quase 16 anos para poder comprar casa
Economia 2 min. 24.06.2021 Do nosso arquivo online
Habitação

Residentes no Luxemburgo precisam de trabalhar quase 16 anos para poder comprar casa

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Residentes no Luxemburgo precisam de trabalhar quase 16 anos para poder comprar casa

Foto: Chris Karaba
Economia 2 min. 24.06.2021 Do nosso arquivo online
Habitação

Residentes no Luxemburgo precisam de trabalhar quase 16 anos para poder comprar casa

Henrique DE BURGO
Henrique DE BURGO
À frente do Luxemburgo estão apenas três países, segundo um estudo divulgado pela OCDE.

O Luxemburgo é o quarto entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde as famílias precisam de trabalhar mais tempo para poder comprar uma casa de 100 m2, sem recurso a empréstimos. 

De acordo com um recente estudo da OCDE ("Brick by Brick: Building Better Housing Policies"), em média, cada residente precisa de trabalhar 15,8 anos para comprar uma casa, de tipologia T3, nestas condições no Grão-Ducado. À frente do Luxemburgo estão apenas a Nova Zelândia, Coreia do Sul e Irlanda. 

O Luxemburgo é ainda um dos Estados da OCDE onde os preços do mercado imobiliário mais subiram nos últimos anos. Uma tendência que já tinha sido confirmada esta semana pelo Statec.

Quanto ao empréstimo à habitação, as famílias residentes no Grão-Ducado são também das que mais sentem dificuldades, tendo em conta os rendimentos, diz a OCDE. O rácio dívida/rendimento no crédito à habitação é de 209% do Grão-Ducado, bem acima da maioria dos outros países (média de 100%). Em pior situação, neste capítulo, está Portugal, onde o rácio dívida/rendimento é de 264%.  

Segundo os números da OCDE, só entre 2019 e 2020, o Luxemburgo foi o país com o maior aumento do preço das casas, cerca de 13%. Mas de acordo com as contas feitas recentemente pelo Statec, este valor foi ainda maior: 14,5%.


Habitação no Grão-Ducado com aumento recorde em 2020
No mesmo ano em que a crise económica se instalou no mundo devido à pandemia da covid-19, os preços das casas no Luxemburgo tiveram um aumento nunca antes registado.

No ranking da OCDE, à frente do Luxemburgo estão apenas três países no que toca ao número de anos de trabalho para se poder adquirir casa própria. Nova Zelândia (18,7 anos), Coreia do Sul (16,6) e Irlanda (16,1) são os países onde é preciso trabalhar mais anos do que o Grão-Ducado para se comprar uma casa de 100 m2, sem recurso a empréstimo e já depois dos descontos referentes aos impostos e Segurança Social.

Já as famílias em Portugal precisam, em média, de 11,4 anos, enquanto os Estados Unidos são o país onde se consegue comprar casa em menos tempo: 4 anos.

O elevado preço da habitação no Grão-Ducado é um problema cada vez mais transversal. No último relatório sobre o país, divulgado recentemente, o FMI saúda as políticas do Luxemburgo para conter o impacto da pandemia, mas alerta que é preciso fazer mais para resolver o problema da habitação, a par com a supervisão rígida do setor financeiro. Um problema que levou o partido Déi Lénk a pedir um aumento de 300 euros do salário social mínimo

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