Preços dos alimentos dispararam na UE em 2022 e Luxemburgo não foi exceção
Preços dos alimentos dispararam na UE em 2022 e Luxemburgo não foi exceção
Os preços dos alimentos na União Europeia (UE) têm vindo a subir desde o verão de 2021, mas em 2022 - com a crise energética, a guerra na Ucrânia e a seca em vários países - dispararam. O Luxemburgo acompanhou esta trajetória de subida de preços.
Segundo os dados publicados pelo Eurostat na quarta-feira, os preços dos alimentos tinham subido 2,4% em dezembro de 2021, por comparação com 2,1% em 2020, mas em dezembro de 2022 essa subida foi quatro vezes superior. No último mês do ano passado, a variação dos preços foi de 11,1%, a mais alta que o Grão-Ducado registou ao longo de 2022.
Apesar do aumento, o Luxemburgo ficou sempre abaixo da média da UE na subida dos preços dos alimentos. No último trimestre do ano, a diferença foi entre sete a oito pontos percentuais, com a subida média na Europa comunitária a atingir os 17,8% em outubro, os 18,3% em novembro e os 18,2% em dezembro.
Subida na Alemanha foi o dobro da do Luxemburgo
Ao contrário do Luxemburgo e dos restantes países vizinhos, a subida dos preços na Alemanha foi quase sempre superior à da média europeia, ao longo de 2022.
Desde maio que os preços neste país superam a média comunitária, subindo acima dos 10% numa trajetória sempre ascendente até novembro, quando atingiram o seu valor mais alto: 20,8%, o dobro do registado no Luxemburgo no mesmo mês.
Em dezembro, os preços na Alemanha baixaram ligeiramente face a novembro, para 20,5%, mantendo-se, ainda assim, acima da média da UE (18,2%) e em quase o dobro do valor luxemburguês (de 11,1%).
No que respeita aos restantes países vizinhos do Grão-Ducado, a evolução dos preços em França, no ano de 2022, só ultrapassou a do Luxemburgo a partir de agosto. Em setembro, a subida em território francês já era superior a 10%, continuando a aumentar até aos 13%, percentagem em que se manteve ao longo de todo o terceiro trimestre.
Já a Bélgica, com exceção dos meses de janeiro e abril, teve uma evolução de preços acima do Luxemburgo durante todo o ano. O maior aumento verificou-se em novembro, correspondendo a 15,7% - no Luxemburgo a percentagem foi de 10,8% nesse mês -, mantendo-se inalterado em dezembro.
Hungria com a maior subida de preços da UE
A Hungria foi o país da UE com a maior subida do preços dos alimentos no último trimestre de 2022, com percentagens acima dos 45% - em novembro e dezembro o aumento foi acima dos 49%.
A seguir à Hungria, as maiores subidas, nos últimos três meses de 2022, verificaram-se na Lituânia (acima dos 33% ao longo desse trimestre), na Letónia (na ordem dos 30%, em igual período) e na Estónia (entre os 28% e os 30%).
Portugal acima da média da UE
Portugal registou uma trajetória ascendente desde o início do ano de 2022, tendo os preços disparado acima dos 10% a partir de abril e superando a média da UE, uma tendência que se manteve até ao fim do ano.
Em novembro, Portugal atingiu o valor mais alto na subida dos preços dos alimentos com um aumento de 20,6%, o dobro do do Luxemburgo. No último trimestre de 2022, a evolução dos preços dos bens alimentares em território português variou entre os 19% e os 20,6%.
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