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Preços dos alimentos dispararam na UE em 2022 e Luxemburgo não foi exceção
Economia 3 min. 26.01.2023
Eurostat

Preços dos alimentos dispararam na UE em 2022 e Luxemburgo não foi exceção

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Preços dos alimentos dispararam na UE em 2022 e Luxemburgo não foi exceção

Foto: dpa
Economia 3 min. 26.01.2023
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Preços dos alimentos dispararam na UE em 2022 e Luxemburgo não foi exceção

Ana TOMÁS
Ana TOMÁS
No último trimestre de 2022, a subida dos preços foi em média de 11% no Grão-Ducado. Em Portugal e na Alemanha foi cerca do dobro.

Os preços dos alimentos na União Europeia (UE) têm vindo a subir desde o verão de 2021, mas em 2022 - com a crise energética, a guerra na Ucrânia e a seca em vários países - dispararam. O Luxemburgo acompanhou esta trajetória de subida de preços.

Segundo os dados publicados pelo Eurostat na quarta-feira, os preços dos alimentos tinham subido 2,4% em dezembro de 2021, por comparação com 2,1% em 2020, mas em dezembro de 2022 essa subida foi quatro vezes superior. No último mês do ano passado, a variação dos preços foi de 11,1%, a mais alta que o Grão-Ducado registou ao longo de 2022. 


Preços mundiais dos alimentos bateram recordes em 2022
Trigo, milho e óleo de girassol foram alguns dos produtos que encareceram significativamente devido à guerra na Ucrânia.

Apesar do aumento, o Luxemburgo ficou sempre abaixo da média da UE na subida dos preços dos alimentos. No último trimestre do ano, a diferença foi entre sete a oito pontos percentuais, com a subida média na Europa comunitária a atingir os 17,8% em outubro, os 18,3% em novembro e os 18,2% em dezembro.

Subida na Alemanha foi o dobro da do Luxemburgo

Ao contrário do Luxemburgo e dos restantes países vizinhos, a subida dos preços na Alemanha foi quase sempre superior à da média europeia, ao longo de 2022.

Desde maio que os preços neste país superam a média comunitária, subindo acima dos 10% numa trajetória sempre ascendente até novembro, quando atingiram o seu valor mais alto: 20,8%, o dobro do registado no Luxemburgo no mesmo mês.


Preços dos bens alimentares no Luxemburgo subiram 11% em outubro
Segundo a análise do Statec, este aumento anual reflete, entre outros impactos, uma percussão tardia da evolução dos preços da energia no primeiro semestre de 2022.

Em dezembro, os preços na Alemanha baixaram ligeiramente face a novembro, para 20,5%, mantendo-se, ainda assim, acima da média da UE (18,2%) e em quase o dobro do valor luxemburguês (de 11,1%).

No que respeita aos restantes países vizinhos do Grão-Ducado, a evolução dos preços em França, no ano de 2022, só ultrapassou a do Luxemburgo a partir de agosto. Em setembro, a subida em território francês já era superior a 10%, continuando a aumentar até aos 13%, percentagem em que se manteve ao longo de todo o terceiro trimestre.

Já a Bélgica, com exceção dos meses de janeiro e abril, teve uma evolução de preços acima do Luxemburgo durante todo o ano. O maior aumento verificou-se em novembro, correspondendo a 15,7% - no Luxemburgo a percentagem foi de 10,8% nesse mês -, mantendo-se inalterado em dezembro.

Hungria com a maior subida de preços da UE

A Hungria foi o país da UE com a maior subida do preços dos alimentos no último trimestre de 2022, com percentagens acima dos 45% - em novembro e dezembro o aumento foi acima dos 49%.


Aumento do custo de vida é a maior preocupação da população do Luxemburgo
A informação consta do último relatório estatístico europeu, Eurobarómetro, divulgado esta quinta-feira.

A seguir à Hungria, as maiores subidas, nos últimos três meses de 2022, verificaram-se na Lituânia (acima dos 33% ao longo desse trimestre), na Letónia (na ordem dos 30%, em igual período) e na Estónia (entre os 28% e os 30%).

Portugal acima da média da UE 

Portugal registou uma trajetória ascendente desde o início do ano de 2022, tendo os preços disparado acima dos 10% a partir de abril e superando a média da UE, uma tendência que se manteve até ao fim do ano.

Em novembro, Portugal atingiu o valor mais alto na subida dos preços dos alimentos com um aumento de 20,6%, o dobro do do Luxemburgo. No último trimestre de 2022, a evolução dos preços dos bens alimentares em território português variou entre os 19% e os 20,6%.



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