Diminuição dos preços não é, no entanto, comum a todas as matérias-primas.
Após a subida causada pela invasão russa da Ucrânia, os preços das matérias- primas estão agora a descer.
De acordo com o boletim de conjuntura mais recente do Instituto Nacional de Estatística (Statec), a diminuição verifica-se desde o verão e deve-se a uma combinação de fatores. Em causa estão o aumento dos custos de armazenamento, a valorização do dólar e a redução da procura face às antecipações de recessão económica.
Por exemplo, os metais estão mais baratos do que antes da guerra, algo que se explica, em parte, pelo abrandamento do crescimento económico mundial.
O Statec frisa, contudo, que a diminuição dos preços não é comum a todas as matérias-primas. E dá três exemplos. Por um lado, os preços da energia mantêm-se acima dos níveis pré-guerra, refletindo as incertezas quando à situação energética na Europa, no caso particular do gás e da eletricidade.
Também o preço das matérias-primas agrícolas regista uma ligeira subida desde o verão devido ao elevado custo dos fertilizantes, às más condições meteorológicas e ao efeito tardio do aumento dos preços da energia.
As taxas de juro dispararam e originaram a queda dos preços no mercado da habitação. Contudo, é mais difícil obter um empréstimo, o que aliado ao agravamento da situação económica das famílias, leva-as a adiar o sonho de poder comprar casa no país.
Previsões do Statec apontam para nova subida da inflação resultante do acréscimo nas tarifas energéticas, com impacto generalizado nos preços dos bens e serviços.
O aumento dos preços para as matérias-primas alimentares e dos fertilizantes nos últimos dois anos foi o mais elevado desde 2008, alerta o Banco Mundial num relatório esta terça-feira.
A taxa de inflação desceu em dezembro do ano passado no Luxemburgo. De acordo com os dados publicados pelo Statec, a taxa desceu de 2,3% em novembro, para 1,9% no último mês do ano. A justificar este comportamento esteve a descida dos preços dos combustíveis e dos produtos de alimentação, em especial a fruta.
A inflação no Luxemburgo subiu para 2% em agosto, face aos 1,9% registados no mês anterior. A justificar este aumento está a escalada do preço do petróleo, que voltou a subir depois de manter a tendência em baixa desde fevereiro.