Portugal e Luxemburgo entre os países que querem mais fundos canalizados para a saúde pública
Portugal e Luxemburgo entre os países que querem mais fundos canalizados para a saúde pública
Portugal e o Luxemburgo estão entre os dez países da União Europeia que querem que o orçamento comunitário priorize o investimento na saúde pública. As conclusões fazem parte do Eurobarómetro publicado na última semana, que traz mais detalhes sobre a pesquisa realizada durante o verão, sobre a forma como os cidadãos da União Europeia (UE) percecionam as medidas e os meios de combate à pandemia.
De acordo com o barómetro, os portugueses são mesmo os europeus que mais colocam a saúde pública no topo das prioridades para onde devem ser canalizados os fundos da UE, no âmbito do combate aos efeitos da covid-19. Em Portugal, 72% dos inquiridos considera que as verbas comunitárias devem, em primeiro lugar, ser gastas com a saúde pública.
Os luxemburgueses surgem em sétimo lugar, entre os cidadãos europeus que defendem a mesma prioridade a esta matéria, com 62% dos inquiridos a responder que a maior parte do orçamento deve caber à saúde pública.
Ambos os países ultrapassam a média da União Europeia (55%), nesta escolha de prioridades, que é comum a 17 dos 27 estados-membros, mas onde em apenas 11 ela fica acima da média comunitária. Dentro deste segundo grupo de países, para os quais o orçamento comunitário deve ser usado na saúde pública, o Grão-ducado surge à frente de estados como a França, a Bélgica ou os Países Baixos.
Emprego e assuntos sociais em Portugal, alterações climáticas no Luxemburgo
Apesar do topo das prioridades orçamentais no combate à covid-19 ser comum à maioria dos países da UE, a seguir à saúde pública as questões que os cidadãos consideram mais importantes divergem de país para país.
Cada inquirido pôde escolher quatro opções à pergunta do Eurobarómetro que questionou os cidadãos sobre como gostariam que o orçamento europeu fosse gasto, dadas as circunstâncias atuais.
Enquanto em Portugal a segunda prioridade orçamental mais escolhida foi o emprego e os assuntos sociais (52% dos inquiridos), no Luxemburgo foram as alterações climáticas e a proteção do ambiente a ocuparem essa posição (47% dos inquiridos).
Nos dois países a recuperação económica e as novas oportunidades de negócio aparecem em terceiro lugar, com uma representação de 51% em Portugal e de 39% no Luxemburgo, que fica aqui abaixo da média europeia, de 45%.
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