Pensões. Homens ganham em média 3.650 euros por mês, mulheres 2.250
Pensões. Homens ganham em média 3.650 euros por mês, mulheres 2.250
Um homem reformado ganha, em média, 3.650 euros por mês no Luxemburgo. Já uma mulher recebe 2.250 euros, segundo dados divulgados pelo ministro da Segurança Social, Romain Schneider.
Questionado pelo Partido Pirata sobre um estudo recente do Eurostat, que indicava que as pensões das mulheres são 44% inferiores às dos homens no Grão-Ducado – a diferença mais acentuada em toda a União Europeia –, o ministro adianta que, em 2019, a diferença foi, na realidade de 38,4%.
As diferenças nos métodos de cálculo poderão explicar parte dessa discrepância, embora, mesmo assim, o valor seja muito elevado. O ministro indica, por exemplo, que os dados do Eurostat têm em conta as pensões complementares – por norma provenientes de seguradoras e não do Estado –, ao passo que os dados do Ministério não contemplam esses números. Outra diferença é que o instituto europeu tem em conta todos os níveis de reforma, incluindo por exemplo as chamadas 'mini-pensões' atribuídas no caso de atividades profissionais desempenhadas durante períodos "muito curtos".
Já os dados administrativos do sistema nacional de pensões, avançados por Romain Schneider, incluem por exemplo reformas antecipadas e pensões por invalidez, estando em causa apenas o trabalho efetuado no país. Quer isto dizer que de fora dos dados do Eurostat ficam as chamadas "carreiras mistas", isto é, as carreiras contributivas em mais do que um país, como é o caso de muitos dos portugueses que vivem e trabalham no Luxemburgo, mas que também trabalharam em Portugal.
E é com base nestes números que o ministro da Segurança Social, explica os 38,4% de diferença nas pensões deles e delas. Na resposta ministro ressalva, no entanto, que a diferença tem diminuído nos últimos anos, sendo que em 2010 se situava nos 40,7%. Mesmo assim, a discrepância é abismal e muito superior à média europeia de 29%, calculada pelo Eurostat. Segundo Schneider a diferença não resulta do sistema de pensões em si, mas sim dos diferentes parâmetros que são tidos em conta: o nível de rendimento e o tempo de contribuições. O ministro diz ainda que os dados mostram que, de facto, o período de contribuições das mulheres é mais curto do que o dos homens, algo que se pode explicar por interrupções na carreira profissional ou trabalho a tempo parcial.
Na balança pesa também a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que atualmente ronda os 5,5% no Luxemburgo. Com salários mais baixos do que os dos homens, também o montante das reforma acompanha naturalmente a mesma tendência.
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