Pandemia vai provocar “forte subida do desemprego” no Luxemburgo
Pandemia vai provocar “forte subida do desemprego” no Luxemburgo
“A crise pandémica vai provocar uma forte subida da taxa de desemprego, no Luxemburgo”, alerta o STATEC no relatório “Coronavírus: a ameaça torna-se realidade”, divulgado hoje. A percentagem de desempregados deverá ser semelhante aos valores registados na “grande recessão de 2008/09”, estima o organismo oficial de estatísticas luxemburguesas. Nesses anos a taxa de desemprego deu um salto de 4,2% (2008) e 5,4% (2009).
Mas “o regime de desemprego parcial” que está a ser adotado por algumas empresas poderá “amortecer” esta subida.
O clima económico já não era o mais otimista. Mas “a passagem à classificação de pandemia seguida da adoção de medidas de confinamento em diversos países europeus levou à paragem de certos sectores da atividade económica”, descreve-se no relatório. Mas “contrariamente à recessão de 2008/09 em que a crise começou nos mercados financeiros, tendo depois afetado a economia real, a crise atual começou na economia real (indústria, comércio, transportes e turismo)”. Mas “a reação dos mercados financeiros deverá ter um novo impacto na atividade não financeira”.
Apesar desta pandemia poder “estar limitada no tempo” ela conduzirá a “sequelas mais duráveis, ligadas à degradação das finanças públicas, a destruição do tecido económico (falências) e um período prolongado de subida do desemprego”.
Esta “forte progressão de contaminação na Europa e nos EUA”, conduz a “um cenário muito mais pessimista”, escreve o STATEC neste relatório. Uma realidade que obriga “o STATEC a rever em baixa as perspetivas económicas de curto prazo”. O contexto já “era difícil”, mas a pandemia “veio afetar em força o consumo interno, o consumo das famílias e o investimento”.
Também a proliferação de casos de contaminação no exterior da China provocou “o pânico” nas bolsas que caíram quase 30% desde 19 de fevereiro. Um cenário agravado pela queda do preço do petróleo em 9 de março. Foi “uma semana negra pontuada com uma comunicação do Banco Central Europeu que não convenceu os mercados, a decisão dos EUA de fechar as suas fronteiras aos europeus e medidas de confinamento em muitos países, o que vai afetar todos os setores de atividade por tempo indeterminado”. O que deverá ter um forte impacto na economia do Luxemburgo.
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