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OCDE. Pandemia afastou jovens pouco qualificados do mercado de trabalho
Economia 2 min. 09.09.2022 Do nosso arquivo online
Emprego

OCDE. Pandemia afastou jovens pouco qualificados do mercado de trabalho

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OCDE. Pandemia afastou jovens pouco qualificados do mercado de trabalho

Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
Economia 2 min. 09.09.2022 Do nosso arquivo online
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OCDE. Pandemia afastou jovens pouco qualificados do mercado de trabalho

AFP
AFP
Segundo um novo estudo da organização, "a recuperação do mercado de trabalho permaneceu incompleta e desigual entre países".

Mais de dois anos após o início da pandemia de Covid-19, o emprego entre os jovens e as pessoas menos qualificadas continua a sofrer as consequências da crise sanitária, constata a OCDE num estudo publicado esta sexta-feira.

"Mesmo antes do novo choque da guerra na Ucrânia, a recuperação do mercado de trabalho permaneceu incompleta e desigual entre países", disse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico no seu "Employment Outlook 2022".


Ter filhos. Portugueses são os que mais desejam constituir família
Entre os jovens europeus, os portugueses são os que mais planos fazem para ter filhos. E revelam o que precisam para realizar o sonho.

"Mesmo que algum do impacto desigual da crise na força de trabalho tenha sido absorvido, os jovens e trabalhadores sem formação universitária" continuam a ser mais desfavorecidos do que outras categorias de trabalhadores em termos de emprego.

No início de 2022, a taxa de emprego dos jovens entre 15 e 24 anos estava 0,1 pontos acima do seu nível no primeiro trimestre de 2019, o último ano antes da crise sanitária.

Mais jovens portugueses fora do mercado de trabalho

Entre os 25  e 54 anos de idade, a taxa de emprego estava em média um ponto acima do seu nível no primeiro trimestre de 2019, e era mesmo 3 pontos mais alta entre os trabalhadores mais velhos (55-64 anos).

Dos 34 países analisados no relatório da OCDE, os jovens eslovacos, islandeses e portugueses são os mais afastados da sua taxa de emprego em 2019, enquanto os noruegueses e irlandeses estão muito mais envolvidos no mercado de trabalho do que três anos antes. 


Maioria dos estudantes do Luxemburgo está fora do mercado de trabalho
Percentagem é maior em Portugal.

"Em França, graças a medidas governamentais excecionais dirigidas aos jovens (reforma da aprendizagem e apoio aos mais vulneráveis), a sua situação no mercado de trabalho melhorou significativamente, com um aumento de 4 pontos percentuais da sua taxa de emprego", detalha a organização.

Mas "a taxa de emprego dos jovens permanece baixa e abaixo da média da OCDE, enquanto que a taxa de desemprego dos jovens é elevada e acima da média da OCDE", acrescenta.

Taxa de emprego estabilizou no início de 2022

"Um certo grau de segmentação dos programas de aprendizagem, que beneficiam 'principalmente' os jovens mais qualificados, "pode ser necessário", diz a OCDE, antes de recomendar "uma revisão e reforço do apoio às escolas profissionais".

Para além da idade, o nível de educação também parece ser um fator determinante na capacidade dos trabalhadores de encontrarem um emprego após a crise pandémica.

Aqueles que não foram à universidade vêem a sua taxa de emprego cair de 0,2 a 0,3 pontos em comparação com 2019, mas esta aumenta 0,4 pontos entre aqueles que tiveram uma formação académica.

Em termos mais gerais, a OCDE observa que o mercado de trabalho tem sido resiliente na sequência da pandemia.


Pessoas que não trabalham aumentaram no Grão-Ducado
"Responsabilidades familiares" são a principal razão que mantém as mulheres fora do mercado de trabalho.

"A taxa de desemprego nos países da OCDE caiu gradualmente desde o seu pico em abril de 2020 (8,8%) e estabilizou nos primeiros meses de 2022", diz a instituição com sede em Paris. "Em julho de 2022, situava-se em 4,9%, ligeiramente abaixo dos 5,3% registados em dezembro de 2019".

Noutras boas notícias, entre 2019 e 2022, a diferença entre a taxa de emprego de homens e mulheres diminuiu em 23 dos 34 países abrangidos pelo relatório.

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