Relatório confirma crescimento mundial moderado e adverte que é essencial escapar à armadilha do baixo crescimento. Incerteza política e financeira e protecionismo podem interromper o caminho da recuperação.
Economia
08.03.2017
Do nosso arquivo online
OCDE alerta para os perigos que ameaçam o crescimento económico
Relatório confirma crescimento mundial moderado e adverte que é essencial escapar à armadilha do baixo crescimento. Incerteza política e financeira e protecionismo podem interromper o caminho da recuperação.
A confiança subiu, mas tudo o resto ainda tem provas a dar: o consumo, o investimento, o comércio, a produtividade e o crescimento económico estão longe de estar fortes. E há ameaças que podem comprometer ainda mais o andamento da economia mundial. E que riscos são estes? A incerteza política, a volatilidade dos mercados, a tendência para o protecionismo no comércio. O diagnóstico foi feito ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no seu relatório semestral de perspetivas, onde o tom é de alerta e preocupação.
O organismo liderado por Angel Gurría confirmou o crescimento mundial moderado para os próximos anos. Assim, este ano, a economia deve avançar 3,3% e voltar a crescer 3,6% em 2018. O crescimento é, no entanto, modesto e fica ainda abaixo da média de 4% registada nas décadas antes da crise financeira. Além disso, há riscos significativos que podem interromper o crescimento da economia. Por isso, a OCDE adverte que é essencial escapar à armadilha do baixo crescimento. Esta tem-se feito sentir sobretudo nos últimos cinco anos. O investimento frágil e trocas comerciais fracas potenciaram esta armadilha. Ao mesmo tempo, desenvolveram-se grandes assimetrias entre empresas, que contribuíram para aumentar a diferença entre rendimentos das famílias e reduzir o consumo. Sair deste ciclo depende, segundo a OCDE, “do impacto conjunto das escolhas das políticas macroeconómicas, estruturais e de comércio”.
(Leia o artigo na íntegra na edição do Contacto desta semana)
Paula Cravina de Sousa
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