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Luxemburgo ainda não recuperou tráfego aéreo pré-pandemia
Economia 3 min. 14.03.2023
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Luxemburgo ainda não recuperou tráfego aéreo pré-pandemia

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Luxemburgo ainda não recuperou tráfego aéreo pré-pandemia

Foto de arquivo: Luxemburger Wort
Economia 3 min. 14.03.2023
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Luxemburgo ainda não recuperou tráfego aéreo pré-pandemia

Simon MARTIN
Simon MARTIN
O Grão-Ducado registou, no ano passado, menos 8% de voos do que em 2019.

Como já escrevemos dezenas de vezes, o setor aéreo pagou um preço elevado devido à pandemia da covid-19. Embora o verão de 2022 tenha sido um ano recorde para o Luxemburgo em termos de viagens efetuadas pelos residentes (+17%), o tráfego aéreo internacional ainda está a tentar recuperar para níveis pré-pandémicos. No entanto, parece estar no bom caminho.


Tráfego aéreo mundial superou dois terços do nível pré-covid em 2022
A informação foi avançada esta segunda-feira pela IATA, associação que reúne 300 companhias aéreas de todo o mundo.

No início do ano, foi revelado que o tráfego aéreo europeu recuperou, em 2022, 83% do seu nível de 2019. Esta retoma, considerada "sólida", foi impulsionada pelas companhias aéreas de baixo custo e pelos destinos no sul da Europa. No Luxemburgo, apontava-se para uma recuperação de 91% do nível de 2019. Estes dados, que acabam de ser atualizados pelo Eurocontrol, mostram que o tráfego aéreo no Grão-Ducado se fixou nos 92%, menos 8% do que em 2019.

Para o organismo europeu, o Luxemburgo é um dos únicos países da Europa que se pode gabar de estar muito próximo de uma recuperação total. "Entre os membros da União Europeia (UE), a Grécia é o único país que registou mais voos do que em 2019 (+1%). Outros países estiveram perto de uma recuperação total, como Portugal (-4% em comparação com 2019), Luxemburgo e Croácia (-9%)".

Aeroporto do Luxemburgo com bom desempenho

Em contrapartida, os países que apresentaram menos sinais de recuperação foram a Eslovénia (-41%), a República Checa (-35%), a Finlândia (-33%) e a Suécia (-31%). Por outras palavras, o Grão-Ducado pode considerar-se afortunado. De uma perspetiva mais global, o número de voos comerciais na UE em 2022 era ainda inferior ao de 2019, antes da pandemia. "As maiores diminuições no número de voos comerciais foram registadas em janeiro (-34% em comparação com o mesmo mês em 2019), fevereiro (-33%), março (-27%) e abril (-19%)", referiu o Eurocontrol. Isto pode ser explicado, em particular, pela vaga da variante Omicron que ocorreu no início de 2022.

Além disso, em 2022, vários aeroportos da UE registaram uma queda acentuada nos voos comerciais. "Os aeroportos mais afastados da recuperação em relação a 2019 são Frankfurt/Main Airport (-131.723 voos comerciais do que em 2019, -33%), Munique (-130.715, -17%), Düsseldorf (-84.542, -33%), Copenhaga (Dinamarca) (-60.520, -38%) e Bruxelas (-55.824, -45%)".


Existem menos 35% de opções de voos a partir do Findel, do que as existentes em 2019.
Luxemburgo reduziu destinos de voos a partir do Findel
O país oferece agora menos um terço das opções de voo na Europa, com partidas do aeroporto, do que antes da pandemia, segundo o Eurocontrol.

Guerra e inflação travam recuperação total

Por seu turno, e tal como mencionado acima, o aeroporto do Luxemburgo esteve muito ocupado com voos (e visitantes) durante o verão, particularmente em agosto. Dito isto, os dados de final de ano, bem como os do início do ano, refletem um pouco mais de contraste. Em novembro e dezembro, o Findel registou menos 12,1% e 9,7% de voos, respetivamente, do que no mesmo ano de referência. Em janeiro e fevereiro, a taxa foi de 11,2% e 6,6%.

Em conclusão, parece que os aeroportos europeus ainda terão de ser pacientes até conseguirem uma recuperação completa. Em janeiro último, o Eurocontrol previu um regresso às operações normais em 2025, justificando esta estimativa com a fragilidade da recuperação económica, a inflação e o risco da continuação da guerra da Rússia na Ucrânia.

Este regresso à normalidade implicará também um aumento das ofertas de voos. Apesar dos recentes anúncios de novas ligações internacionais a partir do Findel, o aeroporto oferece menos um terço de destinos do que antes da pandemia.

(Artigo originalmente publicado no Virgule e adaptado para o Contacto por Maria Monteiro.)

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