Luxemburgo: 873 empresas faliram em 2015, mais 3,3% do que em 2014
Luxemburgo: 873 empresas faliram em 2015, mais 3,3% do que em 2014
As falências aumentaram no Luxemburgo 3,31% em um ano, segundo a empresa alemã de aconselhamento e informação financeira Creditreform.
Pela primeira vez desde 2012 "o número de falências em 2015 aumentou ligeiramente em relação ao ano anterior, o que contraria a tendência europeia do momento", pode ler-se na nota de imprensa que a Creditreform emitiu esta sexta-feira.
Registaram-se 873 falências em 2015, um ligeiro aumento de 3,31% em relação a 2014, ano em que foram declaradas 845 falências.
O sector dos serviços foi o mais afectado, com 508 falências em 2015, mais 8,09% do que em 2014, o que representa 58,19% do total das empresas que fecharam.
O ramo da construção foi o que registou o maior aumento de falências, +30%, com 90 empresas a fecharem portas, quando em 2014 tinham sido 70.
Inversamente, em 2015 o sector do comércio foi o menos afectado, com menos 10,03% de insolvências do que no ano anterior, 260 em vez de 289.
O sector da produção voltou a ser o que registou o menor número de falências, representando apenas 1,60% do total, tendo registado um recuo de 12,50% em um ano.
A quantidade de empresas com mais de cinco anos de existência que faliram (578) também aumentou, de 63,31 para 66,21%, ainda segundo este estudo. O número de empresas com menos de cinco anos que fecharam recuou ligeiramente, de 310 em 2014 para 295 em 2015.
Entre as falências mais importantes a registar em 2015 houve a OR.TP (90 despedimentos e um volume de negócios de 14 milhões de euros), Imprimerie Fr. Faber, de Mersch (110 empregos e um volume de negócios de 12,5 milhões) e a WPS-Luxembourg (75 trabalhadores e um volume de negócios de 8,9 milhões), destaca ainda a Creditreform.
Por região, a zona centro foi a que registou o maior aumento de falências, 759 em 2015 contra 691 em 2014. Esta é também a região que mais empresas conta no país. No mesmo período, na zona de Diekirch, as falências recuaram 26%, de 154 para 114, tratando-se neste caso quase sempre de "negócios de família", pequenas ou médias empresas (PME) do sector do comércio e dos serviços.
Segundo a Creditreform, o número de falências deverá continuar a aumentar em 2016 no Grão-Ducado, rondando as 900 por ano.
