Japonesa Panasonic suspende negócios com Huawei
Japonesa Panasonic suspende negócios com Huawei
A empresa japonesa de eletrónica Panasonic anunciou hoje a suspensão de todas as transações com o grupo chinês Huawei, colocado na lista negra de Washington sob acusações de contribuir para atividades de espionagem de Pequim. "Interrompemos as nossas transações com a Huawei e as suas 68 afiliadas que estão sujeitas à proibição do Governo dos Estados Unidos", afirmou o porta-voz da gigante nipónica, Joe Flynn.
Várias empresa que não são norte-americanas estão a seguir a probição da Casa Branca, devido às retaliações que sofreriam no mercado dos EUA, caso o não fizessem.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, decidiu na semana passada proibir as exportações de produtos tecnológicos norte-americanos para determinadas empresas consideradas de "risco", tendo em vista dificultar a progressão da Huawei e a sua possibilidade de dominar as novas redes 5 G..
Como consequência imediata do anúncio de Washington, a Google anunciou dias depois que iria romper com a Huawei, quando o grupo chinês depende do gigante norte-americano da internet para o sistema Android, instalado na maioria dos 'smartphones' no mundo. Sem o Android, a Huawei arrisca-se a não conseguir convencer os clientes a comprarem os telefones da marca sem aplicações Gmail (correio), Maps (cartografia) ou YouTube (plataforma de vídeos), apenas algumas das mais conhecidas.
Para além da Google, ao bloqueio, juntaram-se a Intel, a maior companhia de processadores do mundo, a Qualcomm, Broadcom, Infineon Technologies, Micron Technology e a Western Digital que suspenderam o envio de chips e memória à empresa. A suspensão afeta não só a produção dos telemóveis, mas também outros produtos como portáteis, tablets e outros dispositivos tecnológiocos. Como afirmou o El País, “a Google deixa a Huawei sem software e os restantes fabricantes, sem hardware”.
Perante a inquietação dos utilizadores e das empresas norte-americanas, os Estados Unidos concordaram em fazer um adiamento de 90 dias antes de imporem sanções para que a Huawei e os seus parceiros de adaptem. Reagindo ao embargo de Trump e da Google, a empresa acusou os EUA de "assédio", afirmando que as sanções anunciadas sobre a sua empresa constituem um desrespeito pelas regras internacionais de comércio.
Presente em 170 países, a Huawei foi repetidamente acusada por Donald Trump de espiar para a china, acusação que a empresa desmente e que a Casa Branca não conseguiu juntar provas, para além do fundador da empresa chinesa ter começado a sua carreira como engenheiro no exército chinês.
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