Inflação nos 1,8% aumenta pressão sobre BCE
Inflação nos 1,8% aumenta pressão sobre BCE
A inflação da zona euro subiu para os 1,8% em janeiro, aproximando-se da meta de 2% imposta pelo Banco Central Europeu (BCE). Esta subida vai dar mais créditos aos críticos das políticas de juros baixos do BCE e colocar mais pressão no presidente daquela instituição, Mario Draghi, para começar a retirar os estímulos já este ano.
A evolução dos preços na região da moeda única bateu as estimativas dos analistas da Bloomberg, que esperavam um aumento para os 1,5%. Em dezembro de 2016, a inflação tinha ficado nos 1,1%. Esta foi a maior evolução desde o início de 2013 e fica a dever-se sobretudo ao aumento dos preços do petróleo, cuja tendência de subida se baseia no acordo para cortar a produção de crude, conseguido no final do ano passado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Os analistas preveem agora que as críticas contra as políticas do BCE subam de tom, bem como os apelos para que os juros comecem a subir. Mario Draghi tem mantido os juros em níveis historicamente baixos para tentar que o dinheiro circule na economia e o consumo e os preços aumentem. Draghi, tem dado sinais contrários às críticas, afirmando que as políticas de estímulo são para manter enquanto for necessário. Para Draghi, a subida da inflação não é ainda sustentada e é necessário ter certezas antes de retirar os estímulos à economia da moeda única.
Uma das alas mais críticas é precisamente a Alemanha, que divulgou dados sobre a inflação na segunda-feira. Os preços subiram 1,9% em janeiro, o ritmo mais elevado desde julho de 2013.
P.C.S.
