Inflação na zona euro revista em baixa para 0,8%
Inflação na zona euro revista em baixa para 0,8%
A taxa de inflação na zona euro situou-se nos 0,8% em setembro. Este valor fica abaixo dos 0,9% inicialmente avançados pelo Eurostat, na estimativa rápida publicada no início de outubro. O valor do Luxemburgo manteve-se nos 1,1%.
O valor relativo aos países da moeda única é o mais baixo dos últimos três anos: em novembro de 2016 atingiu os 0,6%. O maior contributo para a evolução dos preços veio do setor dos serviços, seguido pela alimentação, álcool e tabaco. A componente energética teve uma contribuição negativa.
Os dados hoje divulgados vêm dar força aos receios do Banco Central Europeu (BCE), que em setembro anunciou um novo programa de estímulo à economia da zona euro. A meta do BCE para a taxa de inflação é de um valor abaixo, mas próximo dos 2%.
O Chipre e Portugal registam valores de inflação negativos, de -0,5% e de -0,3%, respetivamente. A Roménia foi o país com a maior taxa de inflação de 3,5%.
No início de outubro, o instituto de estatística luxemburguês (Statec) publicou os dados para a inflação no Luxemburgo, que diferem dos apresentados pelo Eurostat. O Statec indica uma inflação de 1,3% em setembro e o Eurostat os já referidos 1,1%.
Isto acontece porque o Statec utiliza apenas o consumo dos residentes e o Eurostat tem em conta residentes e não-residentes, no seu cálculo da inflação. Logo, o peso das várias componentes num e outro indicador pode ser diferente, até porque no Grão-Ducado o consumo dos não-residentes tem uma grande influência nalguns bens e serviços.
