'Index'. Três aumentos salariais previstos para 2023
'Index'. Três aumentos salariais previstos para 2023
O ano de 2023 começará com uma indexação salarial, a que se seguirá outra no primeiro trimestre, em abril de 2023, e que corresponde à que deveria ter acontecido em junho de 2022, mas foi adiada para o próximo ano. Estes dois aumentos salariais são seguros. Contudo, “poderá haver ainda uma parcela adicional em 2023, no quatro trimestre de 2023, indica o Statec num relatório sobre projeções económicas e previsões sobre a inflação no país.
Esta terceira indexação salarial vai depender de dois fatores: o preço do brent que afeta os preços do gasóleo, gasolina e fuelóleo, e a posição do euro face ao dólar, que incide diretamente sobre os preços dos produtos importados.
Assim, se houver um aumento do brent e uma desvalorização persistente do euro face ao dólar a terceira indexação salarial será necessária. Contudo, se o preço do brent cair e o euro não desvalorizar, esta parcela adicional não fará mais sentido.
O Instituto de Estatísticas do Luxemburgo (Statec) lembra que dado o “contexto atual dominado por incertezas e extrema volatilidade” é difícil realizar previsões, tendo estas que ser enquadradas em três cenários distintos.
Para o Luxemburgo, o STATEC prevê uma inflação de 6,4% para este ano (face a 6,6% na previsão de setembro de 2022) e de 3,4% para 2023 (face a 6,6% anteriormente).
Desde que atingiu o pico de inflação de 7,4% em junho, a inflação no Luxemburgo estabilizou-se abaixo de 7%. “O núcleo da inflação (excluindo derivados de petróleo) parece estar a estabilizar ligeiramente acima dos 5%”, indica o Statec, realçando, no entanto, que esta estabilidade homóloga, no entanto, não reflete as “fortes tendências ascendentes observadas nos preços dos alimentos e dos produtos petrolíferos”.
O relatório divulgado hoje recorda que em outubro, os preços dos produtos alimentares registaram assim o aumento mensal mais elevado dos últimos 15 anos, enquanto os preços do gasóleo e do gasóleo de aquecimento subiram até 20 cêntimos por euro. Dois fenómenos inesperados que impediram que a taxa de inflação baixasse como previsto nos últimos meses. Para o próximo ano, são grandes as incógnitas.
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