Horesca quer prolongamento do 'desemprego parcial covid' até junho de 2021
Horesca quer prolongamento do 'desemprego parcial covid' até junho de 2021
O secretário-geral da federação, François Koepp, apelou a uma "resposta clara" por parte do Governo, de forma a evitar despedimentos maciços no setor. François Koepp diz que essa resposta deve passar por exemplo pelo prolongamento do regime atual de desemprego parcial no mínimo até junho de 2021.
O responsável defende que "mais vale manter os trabalhadores ao abrigo do desemprego parcial, para que venham trabalhar de vez em quando, do que atirá-los para o desemprego, de onde poderão não voltar a sair", afirmou em declarações à Rádio Latina. Koepp sublinha que países como Alemanha, Áustria e França já prolongaram os seus regimes de desemprego parcial até ao fim de 2021 nos setores do turismo e da Horesca, dois mais afetados pela crise pandémica.
Recorde-se que o Governo decidiu implementar um regime de desemprego parcial 'especial covid' para ajudar as empresas na retoma económica e compensar pelo encerramento forçado durante o estado de emergência. Segundo as modalidades em vigor até ao fim do ano, o Estado continua a assegurar 80% dos salários durante o período em que a empresa está ao abrigo da medida.
O regime permite em alguns casos que as empresas avancem com despedimentos. Mesmo assim, de uma forma geral o número de despedimentos tem sido atenuado pelo desemprego parcial, que, segundo o Instituto Nacional de Estatística luxemburguês (Statec), continua a abranger milhares de pessoas. Segundo o instituto o número de trabalhadores abrangidos pelo regime de desemprego parcial era mais de 20.000 em outubro, cerca de 5% do total.
Ainda segundo o Statec, os setores da Horesca, turismo e organização de eventos terão perdido cerca de 2.000 empregos entre fevereiro e maio deste ano. François Koepp, por seu lado, diz que a Horesca não dispõe para já de dados concretos sobre o número de pessoas que terão ficado sem trabalho, mas deixa o aviso: "se não reagirmos, vamos ter de despedir".
(Diana Alves, jornalista do Contacto e Rádio Latina)
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