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Grão-Ducado. Inflação impulsionou subida dos salários
Economia 2 min. 27.10.2022
Statec

Grão-Ducado. Inflação impulsionou subida dos salários

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Grão-Ducado. Inflação impulsionou subida dos salários

Foto: Lex Kleren
Economia 2 min. 27.10.2022
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Grão-Ducado. Inflação impulsionou subida dos salários

Redação
Redação
Indexação de abril, somada à de outubro de 2021, contribuiu para aumento de cerca de 8% nos salários, aponta a análise do Statec.

No segundo trimestre de 2022, o custo salarial médio por pessoa, no Luxemburgo, aumentou 7,8% em relação ao ano anterior e 6,2% no valor médio por hora, refere o Statec na sua mais recente análise conjuntural, publicada esta terça-feira.  

"Estes aumentos resultaram da pressão inflacionista que gerou uma parcela de indexação em abril de 2022, depois da de outubro de 2021", explica o instituto de estatísticas do Grão-Ducado.  


Salários não deverão voltar a ser indexados este ano
A razão para esta reviravolta nas previsões é o pacote de medidas decididas na última tripartida, cujo objetivo é travar a inflação.

No que respeita aos setores profissionais que mais contribuíram para o aumento do valor por hora, o Statec destaca o financeiro e os transportes, devido a um aumento dos bónus e gratificações. 

Em contrapartida, na hotelaria e restauração o valor médio por hora manteve-se estagnado, ainda que o custo salarial médio por pessoa tenha subido mais de 35% no segundo trimestre deste ano.

Face à zona euro, o Luxemburgo mostrou um "aumento elevado" no custo salarial médio, que é ainda maior quando comparado com os países vizinhos: mais 3,8% que na Alemanha, mais 6,1% que na Bélgica e mais 6,7% que em França.

Finanças públicas com bom desempenho até setembro

A análise conjuntural do Statec mostra ainda um bom desempenho das finanças públicas, especialmente do lado da receita. "No final dos três primeiros trimestres, os impostos cobrados pelo Estado revelaram um crescimento de 7,5% num ano". 


Economia luxemburguesa caminha para a recessão
A mais recente análise conjuntural do Statec aponta recuos no PIB no segundo trimestre e traça um cenário mais negro para os próximos meses, que se poderá refletir numa subida do desemprego.

Apesar disso, o organismo adverte que "o crescimento previsto das receitas fiscais cobradas durante todo o ano de 2022 poderá ser um pouco inferior, por razões metodológicas, mas também porque o último trimestre de 2021 foi particularmente forte, impulsionado pela indexação salarial".

As receitas no terceiro trimestre de 2022 resultaram, sobretudo, dos impostos sobre as sociedades (+6% em cada trimestre) e das receitas de IVA impulsionadas pela inflação. 

Já as receitas provenientes das contribuições sociais e dos impostos sobre agregados familiares foram impulsionados pela indexação de abril de 2022: com subidas de "+7,6% num ano e +14% no primeiro semestre de 2022, respetivamente", segundo o Statec. 

Por outro lado, os impostos especiais sobre o consumo desceram no segundo e terceiro trimestres, devido à redução temporária de taxas especiais sobre o consumo de gasolina e gasóleo e a tendência decrescente nas vendas de combustíveis.

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