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Fim do desconto em bomba. Ministro pede soluções para "problema europeu"
Economia 2 min. 01.09.2022 Do nosso arquivo online
Crise energética

Fim do desconto em bomba. Ministro pede soluções para "problema europeu"

Crise energética

Fim do desconto em bomba. Ministro pede soluções para "problema europeu"

Foto: Eberhard Wolf
Economia 2 min. 01.09.2022 Do nosso arquivo online
Crise energética

Fim do desconto em bomba. Ministro pede soluções para "problema europeu"

Simon MARTIN
Simon MARTIN
O desconto de 7,5 cêntimos por litro de combustível terminou. Espera-se um turismo de combustível a França, mas o ministro da Energia relativiza.

Após uma prorrogação final no mês passado, o desconto de 7,5 cêntimos por litro de combustível, introduzido para lutar contra a escalada dos preços da energia, terminou esta quarta-feira. Sem surpresa, o fim deste desconto já teve algum impacto nas bombas. Até porque, se o Luxemburgo não quis prolongar a medida, França decidiu aumentar o seu desconto de 18 para 30 cêntimos por litro até 1 de novembro e uma ajuda suplementar de mais 20 cêntimos nas estações de serviço da TotalEnergies.


Fim do desconto em bomba. Vamos passar a encher o depósito em França?
Esta quarta-feira termina o desconto dos combustíveis no Luxemburgo. Em França, a partir de 1 de setembro este desconto passa a ser de 30 cêntimos. Será o fim do turismo de combustível no Grão-Ducado?

Em suma, um conjunto de medidas radicais que parece pôr em risco o futuro do turismo do combustível no Luxemburgo. 

Esta observação foi feita por Fred Keup (ADR) que interrogou o ministro da Energia, Claude Turmes (déi Gréng), sobre o assunto. "Não devemos esperar apenas que muitos trabalhadores transfronteiriços franceses encham o depósito no seu país de origem. No futuro, os cidadãos luxemburgueses também atravessarão a fronteira. Isto também teria um impacto negativo no orçamento do Estado", salientou o deputado.

Modelo francês não traria benefícios significativos

Na sua resposta parlamentar, o ministro da Energia excluiu desde logo a introdução de um modelo semelhante ao aplicado em França. "Segundo as últimas estimativas, a perda esperada de receitas fiscais para o Luxemburgo, que resultará da redução francesa, é da mesma ordem de grandeza que o custo que surgiria se medidas semelhantes, como as de França, fossem introduzidas aqui no Luxemburgo", explicou ele. Por outras palavras, a aplicação das mesmas medidas em solo luxemburguês não traria um benefício significativo. 

Relativamente ao possível turismo de combustível invertido, o governante recordou também que o Luxemburgo deve poder contribuir para a luta contra as alterações climáticas. "E por isso o país deve reduzir as suas emissões de CO2 em 55% até 2030. Isto inclui também a redução gradual na venda de gasolina e gasóleo. O objetivo é, portanto, que a médio prazo, menos pessoas vindas do estrangeiro venham ao Luxemburgo para reabastecer, como acontece hoje."


Crise energética. Verdes querem ajuda de 1.000 euros para famílias
O partido justifica a sua proposta com o anunciado aumento brutal do preço do gás e também com o fim do desconto de 7,5 cêntimos na bomba, que terminou na quarta-feira.

Um problema "europeu" e não "luxemburguês"

Claude Turmes sublinhou também que o Luxemburgo não é o único país a sofrer aumentos nos preços da energia. "Este é um problema europeu e para o qual uma abordagem e medidas europeias são acima de tudo necessárias, porque só assim é possível estabilizar os preços da energia em toda a Europa. O Luxemburgo continuará, portanto, a trabalhar ativamente em prol de soluções comuns a nível europeu".

Os ministros da Energia da UE reunir-se-ão a 9 de setembro para discutir os próximos passos nesta questão premente. "O governo leva esta questão muito a sério. Assim, este ano, após a tabela energética da tripartida, foram já decididas ajudas diretas no valor de 923 milhões de euros e garantias estatais adicionais no valor de 500 milhões de euros para apoiar financeiramente cidadãos e empresas nestes tempos difíceis. Em particular, foi introduzido o crédito fiscal energético, bem como o subsídio energético para ajudar as famílias de baixos rendimentos", concluiu Claude Turmes.

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É uma proposta do Déi Gréng. O partido ecologista defende a atribuição de uma ajuda de 1.000 euros às famílias para fazer face à crise energética atual. Apoio esse que deve ser disponibilizado o quanto antes, enquanto se espera um eventual acordo tripartido.