Executivo prevê injetar 2,15 mil milhões de euros no Novo Banco até 2021
Executivo prevê injetar 2,15 mil milhões de euros no Novo Banco até 2021
O Governo prevê injetar no Novo Banco 2,15 mil milhões de euros até 2021, confirmando os 1,15 mil milhões de euros em 2019 e adicionando a previsão de 600 milhões em 2020 e 400 milhões em 2021, segundo o Programa de Estabilidade.
Não há no documento nenhum valor estimado para 2022 e 2023.
Questionado sobre esta evolução, o ministro das Finanças referiu, na conferência de imprensa de apresentação do Programa de Estabilidade, que se trata de uma estimativa. "Para o Novo Banco temos uma estimativa e as estimativas são sempre falíveis. É uma estimativa baseada naquilo que é a evolução do banco e nos compromissos assumidos quando o banco foi vendido em 2017", precisou Mário Centeno.
Sem a venda do Novo Banco, Portugal estaria hoje "de calculadora na mão para perceber até onde nos deixariam ir nas derrapagens dos défices", afirmou o ministro.
A 1 de fevereiro, na apresentação de resultados de 2018 do Novo Banco, a instituição liderada por António Ramalho confirmou que iria pedir 1,15 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução.
"Em resultado das perdas das vendas e da redução dos ativos 'legacy', o Novo Banco irá solicitar uma compensação de 1.149 milhões de euros ao abrigo do atual Mecanismo de Capital Contingente (CCA). Este montante decorre em 69% das perdas assumidas sobre os ativos incluídos no CCA e 31% devido a requisitos regulatórios de aumento de capital no quadro do ajustamento do período transitório dos rácios de capital e ao impacto do [normas de contabilidade] IFRS 9", referiu o banco em comunicado, divulgado na altura.
Em 2018, para fazer face a perdas de 2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.
O Fundo de Resolução é uma entidade financiada pelas contribuições dos bancos do sistema (entre os quais o público Caixa Geral de Depósitos), mas está na esfera do Estado (conta para o défice orçamental) e é gerido pelo Banco de Portugal.
Lusa
