Em 2021, metade dos residentes do Luxemburgo vivia em casas com demasiado espaço
Em 2021, metade dos residentes do Luxemburgo vivia em casas com demasiado espaço
A qualidade da habitabilidade das casas pode ser medida de acordo com vários critérios e um deles é a sua lotação.
De acordo com o Eurostat, em 2021, 17% da população da União Europeia vivia numa casa sobrelotada, enquanto 34% vivia numa habitação subocupada, ou seja uma casa que é considerada demasiado grande para as necessidades do agregado familiar que nela vive.
Nesse ano, as maiores taxas de sobrelotação foram registadas na Letónia (41,3%), Roménia (41,0%) e Bulgária (37,9%), e as mais baixas em Chipre (2,3%) e Malta (2,9%).
Já no que se refere às casas subocupadas, as percentagens mais elevadas foram registadas em Malta (71,8%), Chipre (70,9%) e Irlanda (69,1%), enquanto as mais baixas foram observadas na Roménia (7,2%), Letónia (10,1%) e Grécia (11,8%).
No Luxemburgo, 50% vivia em casas subocupadas em 2021
No Grão-Ducado, 50% da população vivia em casas subocupadas, em 2021, segundo os dados do Eurostat. Uma percentagem bastante acima da média da UE (34%), mas que reflete uma queda de quase 10% numa década. Em 2010 e 2011, o valor era de 59%.
A subocupação das habitações, sublinha o gabinete de estatísticas europeu, deve-se, em grande parte, ao envelhecimento dos seus residentes, geralmente casais com filhos que permanecem na mesma habitação depois de os seus descendentes terem crescido e saído de casa.
Em Portugal, a percentagem de população que, em 2021 vivia em imóveis subocupados era equivalente à da média europeia (34%). Em contrapartida, 10,6% viviam em casas sobrelotadas, enquanto no Luxemburgo apenas 7,7% estavam nessa situação.
Ambos os países ficaram abaixo da média da UE neste caso, que era de 17%, nesse ano.
Cerca de 15 % da população da UE vivia com infiltrações no telhado de casa
O Eurostat analisou também as condições materiais dos imóveis e de habitabilidade, como capacidade de manter a casa quente, a falta de casa de banho e duche e infiltrações em telhados.
De acordo com os dados do organismo, em 2020, 14,8% da população da UE tinha problemas de infiltrações nos telhados das suas casas. Neste campo, Portugal foi o segundo Estado-membro com o resultado mais alto (25,2%), atrás do Chipre (39,1%) e à frente da Eslovénia (20,8%).
No Luxemburgo, a percentagem de pessoas a reportar o mesmo tipo de problema, nesse ano, também foi superior à média europeia, correspondendo a 15,4%.
No que respeita ao aquecimento da casa, os dados do Eurostat mostram que, em 2021, 6,9% da população não tinha a capacidade para manter a sua casa adequadamente quente. As percentagens mais elevadas foram observadas na Bulgária (23,7%), Lituânia (22,5%), Chipre (19,4%), Grécia (17,5%) e Portugal (16,4%), e as mais baixas na Finlândia (1,3%), Eslovénia, Suécia e Áustria (todos 1,7%).
No Luxemburgo, 2,5% manifestaram incapacidade para aquecer as suas habitações.
A ausência de casa de banho, chuveiro ou banheira nas habitações afetou, em média, 1,5% da população da UE em 2020, com percentagens substancialmente mais elevadas na Roménia (21,2% da população), à qual se seguiram, mas a grande distância, a Bulgária e Letónia (ambas com 7%) e a Lituânia (6,4%).
No Luxemburgo, não houve registo de população com habitações privadas nessas condições e em Portugal a percentagem foi residual (0,4%).
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