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Economia luxemburguesa caminha para a recessão
Economia 2 min. 25.10.2022
Statec

Economia luxemburguesa caminha para a recessão

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Economia luxemburguesa caminha para a recessão

Foto: Anouk Antony/Luxemburger Wort
Economia 2 min. 25.10.2022
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Economia luxemburguesa caminha para a recessão

Redação
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A mais recente análise conjuntural do Statec aponta recuos no PIB no segundo trimestre e traça um cenário mais negro para os próximos meses, que se poderá refletir numa subida do desemprego.

A mais recente análise do Statec sobre a conjuntura não deixa margem para dúvidas nem para grandes otimismos: confirma-se a tendência recessiva da economia luxemburguesa.

No flash publicado esta terça-feira, o instituto de estatísticas mostra que o impacto da guerra e da inflação no deteriorar da situação económica da Europa está a ter maiores consequências "à medida que entramos no outono", aumentando "a possibilidade de haver uma recessão". 

Se, por um lado, a atividade económica "resistiu bem durante o segundo trimestre na zona euro", beneficiando do levantamento das restrições da pandemia, no Luxemburgo "foi revista em baixa", explica o Statec.

"No Luxemburgo, o PIB caiu 0,5% em termos trimestrais, no segundo trimestre de 2022 (depois de uma subida de 0,7% no primeiro)", refere o organismo na sua análise. 


Xavier Bettel.
A guerra, a crise e as prioridades do Governo. O que disse Bettel?
Xavier Bettel dirigiu-se esta terça-feira ao país e, no discurso do Estado da Nação, pediu unidade e garantiu que o governo está preparado para assumir as responsabilidades face à crise que se avizinha.

A construção e a indústria, que segundo o Statec tinham tido um bom desempenho nos primeiros três meses dos ano, foram os setores que mais contribuíram para esse recuo no PIB. 

Já o sector financeiro "tem sido mais resistente", com um aumento trimestral de 2,4%, após uma descida de quase 4% no primeiro trimestre. Apesar dessa resistência, o valor acrescentado do setor "permanece abaixo dos níveis alcançados no final de 2021".

Confiança dos consumidores no nível "mais baixo de sempre"

A confiança dos consumidores atingiu o seu nível "mais baixo de sempre" em setembro, "tanto no conjunto da zona euro, como no Luxemburgo".

"As preocupações dos consumidores estão diretamente ligadas ao atual contexto inflacionista e em particular à subida dos preços da energia, agravada pela guerra na Ucrânia", sublinha o Statec. 


(d1re ramgée, de g. à dr.) Marc Hansen, ministre de la Fonction publique, ministre aux Relations avec le Parlement, ministre délégué à la Digitalisation, ministre délégué à la Réforme administrative ; Claude Meisch, ministre de l'Éducation, de l'Enfance et de la Jeunesse, ministre de l'Enseignement supérieur et de la Recherche ; Paulette Lenert, Vice-Premier ministre, ministre de la Protection des consommateurs, ministre de la Santé, ministre déléguée à la Sécurité sociale ; Xavier Bettel, Premier ministre, ministre d’État ; Sam Tanson, ministre de la Culture, ministre de la Justice ; Jean Asselborn, ministre des Affaires étrangères et européennes, ministre de l'Immigration et de l'Asile ;  Corinne Cahen, ministre de la Famille et de l'Intégration, ministre à la Grande Région
Combater inflação, manter poder de compra e segurar empregos
Estas são as três prioridades do governo para combater as dificuldades dos próximos meses, disse o primeiro-ministro no discurso do Estado da Nação.

A análise do instituto mostra que os esforços para reduzir o consumo de gás já estão a ter reflexos. "De janeiro a setembro, o Luxemburgo consumiu cerca de menos 20% de gás que a média dos últimos cinco anos." 

Mas essa poupança tem sido feita, sobretudo, à custa de um impacto negativo na atividade industrial e na sua competitividade, traduzido num encerramento de uma fábrica vidreira e na queda na produção, observada desde junho, em 20 empresas da área da indústria onde o consumo de energia é habitualmente intenso. Estas situações explicam, segundo o Statec, dois terços daquela poupança.

"O outro terço poderá ser explicado por uma menor utilização de gás para aquecimento: o número de dias de aquecimento foi 5% inferior à média dos cinco anos anteriores", salienta o instituto.

Taxa de emprego deverá subir

A nível da taxa de desemprego, os efeitos ainda não se sentem mas não deverão tardar. 


Taxa de desemprego manteve-se nos 4,8% em setembro
Face a setembro de 2021, há uma diminuição do número de candidatos a um emprego.

"No Luxemburgo, o aumento do desemprego permanece limitado por enquanto", refere o Statec, apontando a taxa de 4,7% da população em abril-julho e a de 4,8% em agosto e setembro. 

"O nível de desemprego permanece historicamente baixo, mas a tendência é para que suba e se torne mais pronunciado nos próximos meses."

Também a criação de novos postos de trabalho "está a abrandar", apesar de ainda se ter mantido elevada no terceiro trimestre de 2022.

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