Cadeias de supermercados multiplicam lojas a partir de 2021
Cadeias de supermercados multiplicam lojas a partir de 2021
Com os produtos biológicos a invadir as dispensas dos consumidores, um pouco por toda a Europa, ainda não é desta que os belgas do Colruyt abrem a sua cadeia Bio-Planet no Grão-Ducado. Em estudo, o plano inclui, pelo menos, dez lojas. Só não se sabe quando. Para já, o Colruyt prepara-se para abrir a sua quinta loja no Grão-Ducado já no ano que vem.
Curto prazo
Doze anos depois da abertura da sua primeira loja em solo luxemburguês, o grupo já dispõe de quatro locais de distribuição e emprega quase 120 pessoas. Ainda que não se saiba exatamente a morada da quinta loja, o Wort recorda que o desenvolvimento da população no centro e sul do país está a criar novas e atrativas reservas de clientes, pelo que a estratégia de localização não deverá ficar indiferente aos dados demográficos.
Presente em praticamente todo o Luxemburgo, também o Delhaize prevê abrir mais quatro lojas no próximo ano, uma delas em Capellen. Responsável por 640 postos de trabalho diretos e com lucros na ordem dos 2,1 milhões de euros só no Luxemburgo, o grupo belgo-holandês já avisou que não vai ficar por aqui.
Num projeto megalómano, o Cactus também entra na corrida pela expansão do metro quadrado. Além de já ter em marcha o plano de abrir um supermercado em Roodt-sur-Syre, em 2021, nos próximos dois anos, o terceiro maior empregador do país vai diversificar as fontes de receita com a abertura de outros 40 postos de gasolina, num reforço da rede 33 Cactus Shoppi. Só falta o acordo com o grupo petrolífero.
Com um volume de negócios de 778 milhões de euros e lucros na ordem dos 37 milhões de euros, em 2019, o Cactus já emprega perto de cinco mil pessoas. Sem planos para expandir a marca cacto, além fronteiras, o CEO Laurent Schonckert diz que o importante, importante é "manter bons locais com uma área de captação razoável".
Exceção à regra
Na prática, exceptuando o Cora e o Match os maiores retalhistas do país estão a desenvolver uma estratégia para dar resposta não só à população luxemburguesa como ao crescente movimento de fronteiriços.
Embora, continue a compensar encher o carrinho na Alemanha, tanto os combustíveis como o tabaco continuam a motivar visitas frequentes ao Grão-Ducado. Em certos casos, por exemplo, compensa mais comprar carne no Luxemburgo do que na Bélgica. Com olho no futuro, a ideia é reforçar a oferta para angariar o que vier.
Na contracorrente, com um processo às costas e os prejuízos do Cloche d'Or, os franceses do Auchan já não pretendem lançar-se na criação de grandes armazéns. "Vamos continuar a desenvolver o nosso formato MyAuchan em parceria com as estações Aral", adiantou Sophie Morle, porta-voz da empresa, citada pelo Wort.
Com um volume de negócios de 200 milhões de euros no ano passado, o Auchan Luxemburgo registou novamente prejuízos acentuados na ordem dos -37 milhões de euros, repetindo os balanços negativos de 2018 (-8 milhões) e 2017 (-3,6 milhões).
No pódio
Casa também dos alemães do Lidl e do Aldi, o Luxemburgo ocupa o primeiro lugar da tabela classificativa em termos de espaços comerciais em comparação com a população e com a dimensão do país, com 169 m2 por mil habitantes.
No total, mais de 1,2 milhões de metros quadrados de espaço comercial estão acessíveis no Grão-Ducado. Isto representa um aumento de 20% em apenas quatro anos, num gráfico que revela uma tendência de crescimento.
O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
