BCE prevê que economia da zona euro regresse ao nível de 2019 no final de 2022
BCE prevê que economia da zona euro regresse ao nível de 2019 no final de 2022
O economista chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, estimou esta quarta-feira, 27 de junho, que a economia da zona euro regresse no final de 2022 ao nível registado em 2019.
Lane, que falava no seminário ‘online’ “Food for Thought”, defendeu que as compras de dívida e as injeções de liquidez, aprovadas pelo banco central para travar o impacto da pandemia de covid-19, vão impulsionar em 1,3 pontos percentuais (p.p.) a produção da zona euro e em 0,8 p.p. a taxa de inflação homóloga.
Este responsável referiu ainda que as medidas de apoio fiscal, aprovadas pelos governos, vão contribuir em 2,5 pontos percentuais para a produção na zona euro este ano.
“À medida que as [restrições] de confinamento são levantadas, vemos alguns sinais de uma recuperação inicial. No entanto, espera-se que o processo venha a decorrer de forma bastante gradual e que vai demorar até que os consumidores e as empresas recuperem do impacto”, afirmou o economista chefe do BCE.
Philip Lane apontou também que a rapidez da recuperação depende, por outro lado, do desenho e do calendário dos programas de estímulo, acrescentando que o resultado das negociações do fundo de recuperação da União Europeia será “um fator importante na determinação do ritmo futuro da economia da zona euro”.
Em 08 de junho, a presidente do BCE, Christine Lagarde, exortou os líderes europeus a “aprovarem rapidamente” o pacote proposto pela Comissão Europeia para recuperação económica pós-pandemia, alertando para que atrasos nas negociações aumentam as “necessidades financeiras desta crise”.
Pela mesma altura, o banco central já tinha antecipado que a economia da zona euro deverá sofrer uma contração de 8,7% este ano, melhorando depois para um crescimento de 5,2% em 2021 e de 3,3% em 2022.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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