Ano de 2021 poderá ser um "clone económico de 2020"
Ano de 2021 poderá ser um "clone económico de 2020"
O ano de 2021 poderá ser um "clone económico de 2020", de acordo com a Fondation Idea que acaba de divulgar o seu oitavo "parecer anual", um relatório no qual faz uma antevisão do ano. No documento, o organismo mostra-se reticente em relação à situação económica do país nos próximos meses. Em causa estão aspetos como a degradação da situação social de diversos grupos da população ou a subida dos preços da habitação, que, segundo a fundação, poderá agravar as desigualdades em termos de património.
A entidade chama também a atenção para o "ambiente incerto" que assombra o consumo e o desenvolvimento de projetos de investimento, destacando os atrasos na vacinação, o risco de falências e até de insucesso escolar. Razões que a levam a temer que a situação económica difícil vivida em 2020 venha a repetir-se este ano. A fundação considera por isso crucial "continuar a assegurar, custe o que custar, a estabilidade do tecido empresarial através de intervenções micro e macroeconómicas bem calibradas".
No relatório, a Idea propõe três medidas para ajudar o país a sair da crise. Para chegar a essas medidas, o organismo consultou cerca de 130 especialistas em várias áreas, incluindo decisores económicos, políticos, parceiros sociais e economistas. A medida que mais consenso reuniu (88%) diz respeito à preparação de um plano de retoma através de um "investimento ambicioso".
A segunda proposta (75%) consiste em "incitar os agregados familiares que têm poupado a consumirem em vez de investirem no mercado imobiliário". Em terceiro lugar (73%) surge a adoção de novas medidas redistributivas.
Globalmente, o painel de especialistas consultado pela Fondation Idea julga "bastante provável" que o país assista a uma onda de falências a partir do segundo semestre deste ano. Por outro lado, os especialistas parecem não ver uma ligação entre o levantamento das restrições sanitárias e uma eventual explosão do desemprego, embora o fim das medidas anti-covid possam implicar também o fim de ajudas como o desemprego parcial.
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