A saída do Reino Unido tornou o consenso mais difícil. A próxima cimeira especial deverá ser marcada para março.
Após dois dias de negociações intensas no edifício do Conselho Europeu, em Bruxelas, os 27 chefes de Estado e de Governo voltam para casa sem levar o acordo sobre o próximo orçamento europeu.
“Infelizmente, chegámos hoje à conclusão de que não é possível nesta cimeira chegar a um acordo”, disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, sexta-feira ao fim da tarde. Os líderes europeus vinham preparados para ficar os dias que fosse preciso na capital belga, mas uma série de impasses impediram uma conclusão sobre a proposta em cima da mesa.
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Luxembourg's Prime Minister Xavier Bettel leaves at the end of the special European Council summit in Brussels on February 21, 2020. - Time was called on the summit after two days and a night of talks that failed to narrow stubborn differences between a handful of wealthy "frugal" states and a larger group wanting more money to meet big European ambitions on top of covering a budget shortfall left by Brexit. (Photo by Aris Oikonomou / AFP)
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Luxembourg's Prime Minister Xavier Bettel leaves at the end of the special European Council summit in Brussels on February 21, 2020. - Time was called on the summit after two days and a night of talks that failed to narrow stubborn differences between a handful of wealthy "frugal" states and a larger group wanting more money to meet big European ambitions on top of covering a budget shortfall left by Brexit. (Photo by Aris Oikonomou / AFP)
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President of the European Council Charles Michel arrives prior to a plenary session during the second day of a special European Council summit in Brussels on February 21, 2020, held to discuss the next long-term budget of the European Union (EU). (Photo by Aris Oikonomou / AFP)
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Italy's Prime Minister Giuseppe Conte (L) speaks with Portugal's Prime Minister Antonio Costa prior to a plenary session during the second day of a special European Council summit in Brussels on February 21, 2020, held to discuss the next long-term budget of the European Union (EU). (Photo by Aris Oikonomou / AFP)
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Germany's Chancellor Angela Merkel (L) and France's President Emmanuel Macron speak as they walk after a bi-lateral meeting on the second day of a special European Council summit in Brussels on February 21, 2020, held to discuss the next long-term budget of the European Union (EU). (Photo by kenzo tribouillard / POOL / AFP)
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“Esta discussão sobre o orçamento é sempre difícil, mas desta vez a saída do Reino Unido tornou as coisas ainda mais complicadas”, disse Charles Michel aos jornalistas, explicando que houve, no entanto, um avanço nas negociações.
“Há diferentes opiniões à volta da mesa, mas a parte boa é que há uma convergência sobre a ideia de que devemos conseguir juntar os objetivos de apoiar o desenvolvimento regional e a agricultura e ao mesmo tempo modernizar, com a agenda climática e a digital e ainda as políticas de segurança e de migrações”.
Recorde-se que a proposta em discussão foi a apresentada pelo próprio presidente do Conselho Europeu e foi criticada por ter pouco dinheiro para cumprir muitos objetivos.
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Ao mesmo tempo sofreu a oposição dos países mais ricos (o chamado grupo frugal que inclui a Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia) que não queriam aumentar as suas contribuições para os fundos.
A discussão sobre o orçamento para 2021-2027 deverá continuar numa próxima cimeira especial, ao que tudo indica a ser marcada para março.
A cimeira do distanciamento social em Bruxelas, parece também ser a do distanciamento político. Os frugais de Rutte e os pouco democratas de Orbán têm o orçamento refém.
Para convencer Mark Rutte, a proposta é de manter o valor total, mas diminuir as subvenções em 50 mil milhões de euros e aumentar a vigilância sobre os gastos.
Começou a reunião de líderes europeus para negociar o orçamento da recuperação europeia para os próximos 7 anos. Líderes de máscaras, com muitas dúvidas e sem hora marcada para acabar.
A fasquia é alta, aprovar o Quadro Financeiro Plurianual (QFP), o orçamento da UE para 2021-2027, de 1,07 biliões de euros, e o Fundo de Recuperação pós-pandemia que lhe está associado, de 750 mil milhões de euros.
Uma das principais críticas apontadas à proposta que Charles Michel formulou é que é muito semelhante à apresentada pela presidência finlandesa em dezembro, tão insatisfatória no entender dos Estados-membros que foi rejeitada em cinco minutos.
O presidente do Conselho Europeu adiantou que, “nos próximos dias”, voltará a promover conversações bilaterais antes de apresentar uma proposta para ser discutida na cimeira de final de fevereiro.
Segundo os dados do Eurostat, divulgados esta semana, para o período de julho a setembro, Portugal também ocupou o terceiro lugar, mas no extremo oposto, no grupo dos países mais endividados.
Ajudas são disponibilizadas através dos fundos estruturais comunitários e serão canalizadas para financiar testes, vacinação e os apoios para garantir os empregos afetados pelo fecho de atividades.
Segundo os dados do Eurostat, divulgados esta semana, para o período de julho a setembro, Portugal também ocupou o terceiro lugar, mas no extremo oposto, no grupo dos países mais endividados.
Ajudas são disponibilizadas através dos fundos estruturais comunitários e serão canalizadas para financiar testes, vacinação e os apoios para garantir os empregos afetados pelo fecho de atividades.