Vídeo. Agressões a árbitro português em Wilwerwiltz suspendem campeonatos de futsal
Vídeo. Agressões a árbitro português em Wilwerwiltz suspendem campeonatos de futsal
Agressões, violência, confusão e os campeonatos de futsal suspensos. No domingo passado, durante o jogo Wilwerwiltz – Wiltz, da Liga 2, tudo começou com a agressão de um jogador do Wiltz ao árbitro português Luís Letra, seguindo-se uma confusão generalizada, como pode ver-se nas imagens divulgadas pelo Tageblatt a partir do Youtube.
Para Charles Schaack, presidente da Comissão de Futsal, e vice-presidente da Federação Luxemburguesa de Futebol (FLF), não há qualquer dúvida: “É preciso marcar uma posição, mesmo que isso desagrade aos clubes que não estiveram envolvidos nesta situação”, defendeu.
O próprio Schaack recorda como tudo se iniciou: “Um jogador do Wiltz protestou a propósito de um golo sofrido pela sua equipa, porque considerava que fora cometida uma falta antes. O árbitro mostrou-lhe um cartão amarelo e o jogador arrancou-lho da mão. Entretanto, um outro jogador aproximou-se e agrediu o árbitro. Depois disto, a confusão instalou-se, houve confrontos gerais e uma intervenção policial”.
Chocado com os acontecimentos, Schaack vinca: “É inaceitável! Isto não é desporto, nem aquilo que pretendemos ver. Claro que não estamos livres de perder a calma, mas é preciso marcar uma posição para que mudem as atitudes das pessoas. É dever da federação defender os árbitros. Não podemos enveredar por estas situações. Temos de educar certas pessoas dos clubes, porque parece que ainda não compreenderam que o campeonato tem regras e leis para se cumprirem”, afirma.
Charles Schaack revela ainda que “foi aberto um inquérito e, na próxima sexta-feira, o Tribunal Federal irá tomar decisões sobre o assunto. Adivinham-se penas pesadas para os envolvidos, disso ninguém tenha dúvidas. É algo que não se poderá repetir".
Presidente do Wilwerwiltz condena
Paulo Brandão, presidente do Wilwerwiltz, condenou os incidentes e sublinha: “O que se passou é intolerável! Sempre existiu grande rivalidade entre os dois clubes, mas o que se passou ultrapassou todos os limites”, precisa. “No ano passado, num dos jogos em que defrontámos o Wiltz, um jogador nosso partiu a perna e nunca mais pôde jogar. Posso compreender que exista uma certa rivalidade, mas que seja sã”, indica.
“Espero que tudo se resolva da melhor forma possível e que os culpados sejam punidos. Estas situações não podem voltar a acontecer. Que possa ser um exemplo para todos. Ao longo deste últimos anos, muita gente tem feito esforços para que o campeonato evolua de forma positiva e o que se passou mancha a nossa reputação”, conclui o dirigente do Wilwerwitz.
Miguel Machado, capitão do Wilwerwiltz, comenta conflito
Quem alinha pelo mesmo diapasão é o capitão de equipa do Wilwerwiltz, Miguel Machado, que viveu de perto os incidentes. “É lamentável o que aconteceu. Estava afastado da zona onde começaram as agressões e não consigo compreender. Estávamos a ganhar por 7-5 a poucos segundos do final e, num contra-ataque marcámos o último golo que já não alterava em nada o resultado. Alguns jogadores do Wiltz protestaram, dirigiram-se ao árbitro e depois começaram as agressões. A seguir estabeleceu-se a confusão geral e a situação complicou-se, com um dos nossos seguranças inanimado no chão. Ainda tentei afastar algumas das pessoas, mas depois o público começou a entrar em campo e foi o caos”, conclui.
Dirigentes do Wiltz comedidos
O Contacto também falou com os responsáveis do Wiltz que preferiram não se alongar. Micael Santos, responsável da secção de futsal do Wiltz, lamentou os factos e diz que o clube está a tentar resolver o problema. “Lamentamos os desacatos no final do jogo, mas neste momento não queremos prestar muitas declarações. Estamos a tentar resolver a situação para que o futsal não sofra mais. Somos um clube que defende a modalidade e assume as suas responsabilidades. Tudo vamos fazer para que o futsal no país possa avançar e que situações destas não se repitam”, afirma.
Entretanto, os campeonatos da primeira e segunda divisão encontram-se suspensos por decisão da FLF.
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