Gémeos lusodescendentes brilham ao serviço da seleção luxemburguesa de voleibol
Gémeos lusodescendentes brilham ao serviço da seleção luxemburguesa de voleibol
“Foi muito importante termos celebrado as nossas primeiras internacionalizações com a conquista de um troféu internacional disputado no Luxemburgo. Jogar frente aos nossos simpatizantes que acorreram em grande número, família e amigos foi uma sensação bastante agradável”, descreve Samuel, líbero da formação grã-ducal.
Depois de terem brilhado ao serviço da seleção de sub-20, com a qual conquistaram, em 2017, a medalha de ouro nos Jogos dos Pequenos Estados, em São Marino, chegam agora com toda a naturalidade à seleção principal, onde garantem terem sido bem acolhidos: “Todos nos receberam da melhor forma no seio da equipa”, revela Simão. “O grupo foi excecional pela forma como nos tratou, sobretudo os jogadores mais experientes. Transmitiram-nos muita força e apoio sempre que estávamos em campo e isso acabou por nos tranquilizar e ao mesmo tempo galvanizar durante a competição”, recorda. “Quando és o mais novo e te estreias a nível internacional é importante que o ambiente seja propício a que possas brindar o público e as pessoas que em nós confiaram com uma boa prestação”, explica o distribuidor da seleção luxemburguesa.
A ausência de alguns jogadores importantes na Novotel Cup permitiu a chamada de algumas ’promessas’ da modalidade por parte do selecionador luxemburguês, o romeno Dascalu Pompiliu, que não hesitou em convocar, também, a dupla de lusodescendentes a quem é vaticinado um futuro risonho na modalidade.
Para Simão a chamada da dupla à seleção representou “uma oportunidade pela qual andávamos à esperava. O nosso treinador, em Esch, já nos tinha advertido para o facto de que poderíamos ser chamados. No entanto, importa também salientar que faltaram três ou quatro titulares e que a média de idades da nossa seleção rondou os 22 anos. Os mais jovens deram excelentes indicações e o treinador mostrou-se bastante satisfeito com o nosso rendimento, o que acabou por ser bastante significativo para nós”, enfatiza.
A próxima competição da seleção luxemburguesa é a Silver League 2020, onde a equipa grã-ducal vai medir forças com as congéneres da Grécia e da Letónia. Para Samuel, a convocação de ambos para a dupla jornada internacional seria “uma grande satisfação”, mas o jovem distribuidor sabe que apenas com muito trabalho e dedicação poderão aspirar a uma nova chamada.
“Vamos continuar a trabalhar com todo o empenho para concretizar os nossos objetivos. Nada cai do céu por acaso. Somos jovens, mas temos subido a nossa carreira a pulso. Acreditamos muito no nosso valor e vamos encarar 2020 como um ano de afirmação e grandes desafios. Crer é poder”, enfatiza.
Transferiram-se no início desta época do Lorentzweiler para o Escher Volleyball Club, atual segundo classificado da elite luxemburguesa da modalidade, mas a paixão pelo voleibol começou em Wiltz, onde residem.
Foi pela mão do irmão mais velho, Flávio, que hoje é companheiro de equipa da ’dupla’ em Esch-sur-Alzette, e continua a exercer um papel preponderante na carreira dos gémeos.
Treinam entre 3 e 5 vezes por semana e não olham a esforços para singrar na modalidade. Simão estuda na Universidade em Belval e Samuel trabalha numa óptica em Wiltz. Fazem sacrifícios pelo desporto que amam, mas continuam a sonhar com a posibilidade de um dia poderem jogar numa liga profissional e assumirem um papel importante no seio da seleção luxemburguesa.
Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
