Austrália. Tenista Djokovic é deportado por ser anti-vacina
Austrália. Tenista Djokovic é deportado por ser anti-vacina
É o adeus ao Open da Austrália e ao país. Após uma semana de polémica o tenista nº 1 mundial Novak Djokovic tem de abandonar a Austrália, assim decidiu o Tribunal Federal.
Djokovic diz estar "extremamente desapontado", numa declaração no domingo salientando que respeitava o veredicto e que se preparava para deixar o país sem jogar no Australian Open, que começa na segunda-feira.
"Estou extremamente desapontado com a decisão do tribunal de rejeitar o meu recurso da decisão do ministro de cancelar o meu visto", escreveu o jogador. "Respeito a decisão do tribunal e cooperarei com as autoridades competentes relativamente à minha saída do país", declarou.
Desde há uma semana que o sérvio está envolvido numa enorme polémica por ter mentido às autoridades sobre o seu estado vacinal contra a covid-19. Não está vacinado pelo que as autoridades australianas decidiram cancelar o seu visto e detê-lo, por duas vezes.
Da primeira vez, o tenista foi bem sucedido na sua argumentação. Contudo, o governo australiano considerou-o uma "ameaça à saúde comunitária" e interpôs novo recurso. Djokovic tem agora de abandonar o país, na véspera do Open e durante três anos não poderá voltar a entrar na Austrália.
“Djokovic tem um histórico recente a ignorar as medidas de segurança contra a Covid-19. Incluindo quando sabia que estava infetado e tinha recebido um teste positivo, deu uma entrevista e fez uma sessão fotográfica tirando mesmo a máscara”, declarou o advogado Stefen Lloyd na sessão do tribunal, citado pelo The Age. O mesmo jornal refere que uma sondagem realizada junto da população revelou que 76% dos inquiridos era a favor da deportação do desportista.
No exterior do tribunal vários fãs de Djokovic manifestavam-se pela permanência do tenista no país e na importante competição.
"Erro humano"
Na quarta-feira, o Novak Djokovic admitiu esta quarta-feira ter cometido "erro humano" no preenchimento dos documentos para entrar na Austrália e por ter dado uma entrevista a um 'media' desportivo quando já estava positivo para a covid-19.
"Senti-me obrigado a ir à entrevista com L'Equipe porque não queria desapontar o jornalista, mas mantive a minha distância social e a minha máscara facial, exceto durante a sessão fotográfica. Quando regressei a casa, para me isolar durante o período exigido, após reflexão, entendo que foi um erro de julgamento e aceito que deveria ter adiado o compromisso", disse o atleta num comunicado publicado na sua conta na rede social Instagram.
Com AFP
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